Josias: Extrema direita francesa levou paulada, mas não está morta
A derrota da extrema direita na eleição legislativa da França deve ser comemorada, mas o resultado das urnas não significa que o grupo esteja morto, afirmou o colunista Josias de Souza no UOL News desta segunda (8).
A extrema direita levou uma paulada, mas não está morta. Dependendo de como essas forças se organizarem, elas podem transformar essa vitória do final de semana em algo que tenha efeitos longevos ou pode dar matéria-prima para que a extrema direita volte em 2027 em condições de disputar o poder.
Houve uma vitória parcial, que deve ser festejada por todas as razões. Mas criou-se um quadro de instabilidade que precisa ser bem administrado por essas forças que saíram vitoriosas das urnas. O eleitor informou ao [Emmanuel] Macron que não está gostando da presidência dele e o intimou a dialogar.
Macron terá que conversar com a esquerda e produzir um primeiro-ministro que represente o resultado da urna. Ele tem dificuldade para fazer isso, tanto que pediu a permanência do premiê [Gabriel Attal], ganhando tempo para fazer essa costura, que não é simples. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias alerta para a instabilidade do cenário político francês e projeta dificuldades para Macron manter o diálogo com grupos diferentes do dele.
Estamos falando de forças que têm um viés fascista. O que a França fez nesse final de semana foi evitar que esta força política de viés fascista obtivesse maioria no Legislativo. Se isso tivesse acontecido, ela indicaria o primeiro-ministro e, na prática, estaria governando um dos principais países da Europa. O berço do Iluminismo teria um premiê de linha fascista.
É impossível não comemorar essa coligação que foi feita na França em defesa do bom senso, mesmo com todos os problemas que ela produziu: um Legislativo pulverizado, sem uma maioria nítida. Macron, que ainda tem três anos de presidência pela frente, tem um desafio enorme. Criou-se um cenário político instável na França. Josias de Souza, colunista do UOL
Tales: Raí lava alma do Brasil após vexame de Neymar na onda bolsonarista
O discurso de Raí contra a extrema direita francesa lavou a alma do brasileiro, em contraste com o apoio dado por Neymar e outros jogadores a Jair Bolsonaro, disse o colunista Tales Faria, também no UOL News de hoje.
Ídolo do São Paulo e do Paris Saint-Germain, Raí participou na semana passada de atos na capital francesa contra a extrema direita. "Conheço bem a extrema direita e mentir é o que eles fazem de melhor", disse o ex-jogador, que classificou os quatro anos do governo Bolsonaro como "um inferno".
Raí lavou a alma do Brasil depois do vexame de Neymar e de vários jogadores próximos a ele que entraram na onda bolsonarista. Raí relembrou os tempos do irmão dele, Sócrates, nos quais o futebol tinha alto nível e não perdia de 7 a 1 para ninguém.
Ainda na linha do futebol, Jair Bolsonaro foi assistir ao jogo da seleção [contra o Uruguai, pelas quartas de final da Copa América] ao lado do Javier Milei. Ele não vê que não se assiste a um jogo da seleção brasileira ao lado de um argentino, que torcerá contra? [risos]. Deu no que deu: os dois trouxeram azar para a seleção, que foi desclassificada. Tales Faria, colunista do UOL
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