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G7 pede para a China acabar com a 'opressão' em Hong Kong

6.jan.2021 - Ben Chung, de um grupo político pró-democracia, é uma das cerca de 50 pessoas da oposição presas em Hong Kong - Peter Parks/AFP
6.jan.2021 - Ben Chung, de um grupo político pró-democracia, é uma das cerca de 50 pessoas da oposição presas em Hong Kong Imagem: Peter Parks/AFP

12/03/2021 19h07

As potências do G7 exigiram nesta sexta-feira (12) que a China honre seus compromissos em Hong Kong e acabe com a "opressão" contra ativistas que promovem a democracia depois que Pequim forçou mudanças no sistema eleitoral da região.

Os chefes da diplomacia do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, bem como da União Europeia, declararam em comunicado que "pedem à China e às autoridades de Hong Kong que restaurem a confiança nas instituições políticas de Hong Kong e acabem com a opressão injustificada daqueles que promovem os valores democráticos".

Sob a influência de Pequim, o Parlamento aprovou na quinta-feira uma reforma segundo a qual apenas "patriotas" podem governar Hong Kong, o que garantiu um sistema independente antes que o Reino Unido cedesse o controle à China em 1997.

"Tal decisão indica claramente que as autoridades da China continental estão determinadas a eliminar as vozes e opiniões divergentes em Hong Kong", disseram os países do G7 e a UE em seu comunicado.

As autoridades chinesas querem impor uma reforma eleitoral na ex-colônia britânica que lhes dê um direito de veto de fato sobre os candidatos a favor da oposição pró-democracia.

"Deve-se confiar no povo de Hong Kong para votar no melhor interesse de Hong Kong. Debater pontos de vista divergentes, e não silenciá-los, é a maneira de garantir a estabilidade e prosperidade de Hong Kong", disse o G7.

Sob pressão das críticas ocidentais, a China justificou seu plano como um segundo "golpe" necessário para "efetivamente conter o caos" em Hong Kong, após a polêmica lei de segurança nacional do ano passado.

Essa lei, projetada para recuperar o controle do território semi-autônomo e acabar com os protestos pró-democracia, já havia gerado uma série de sanções ocidentais e a condenação pelo G7.