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Manifestantes pedem justiça um ano após morte de Breonna Taylor nos EUA

Manifestante segura o retrato de Breonna Taylor em ato em Louisville que lembra um ano da morte dela - 13.mar.2021 - Jeff Dean/AFP
Manifestante segura o retrato de Breonna Taylor em ato em Louisville que lembra um ano da morte dela Imagem: 13.mar.2021 - Jeff Dean/AFP

Em Louisville (EUA)

14/03/2021 09h58

Manifestantes exigiram justiça e reformas na polícia nos Estados Unidos enquanto marchavam no primeiro aniversário da morte de Breonna Taylor, uma jovem negra assassinada a tiros por engano dos policiais durante uma operação de busca em seu apartamento.

"Temos dois Estados Unidos diferentes. Temos um para afro-americanos e outro para os brancos", disse Benjamin Crump, um advogado que representa a família de Taylor, a centenas de manifestantes em Louisville, Kentucky. "Temos que fazer justiça para todo o nosso povo".

As mortes de Taylor e George Floyd, um homem negro asfixiado por um policial em Minneapolis, se tornaram o foco de uma onda de protestos no ano passado contra os abusos policiais e o racismo nos Estados Unidos.

No sábado, a mãe de Taylor, Tamika Palmer, liderou centenas de pessoas que marchavam atrás de uma grande faixa roxa com uma ilustração do rosto de Taylor, gritando "Sem justiça, não há paz".

"Um ano se passou e a justiça não foi feita", disse à AFP Camille Bascus, uma afro-americana de 50 anos, com lágrimas nos olhos.

Doze meses depois da morte de Taylor por um policial que procurava um velho amigo da mulher, apenas um dos três agentes foi indiciado, e somente por colocar em perigo os vizinhos ao disparar no apartamento.

A ausência de acusações por homicídio, uma decisão denunciada como "ultrajante" pela família de Taylor, provocou manifestações em Louisville em setembro passado, algumas delas violentas.

O presidente Joe Biden declarou no sábado seu apoio aos pedidos de reformas formulados pelos manifestantes.

"Enquanto continuamos em luto por ela, devemos pressionar para aprovar uma reforma policial significativa no Congresso", escreveu Biden no Twitter, após se referir à morte da jovem como uma "tragédia".