EUA: Policiais envolvidos na morte de Breonna Taylor são demitidos
Dois policiais implicados na morte da afro-americana Breonna Taylor foram notificados ontem de sua demissão, segundo o advogado da família da vítima, no mesmo dia em que a Justiça encerrou o processo contra dois agentes que mataram uma criança negra em 2014.
"A polícia de Louisville demitiu Joshua Jaynes. Ele emitiu o mandado de busca que levou ao trágico assassinato de #BreonnaTaylor", tuitou Ben Crump, advogado da família da vítima.
Crump também compartilhou uma carta de demissão endereçada a Jaynes.
O advogado de outro agente envolvido no caso disse à imprensa norte-americana que seu cliente também teria recebido uma notificação de demissão.
Breonna morreu aos 26 anos, em 13 de março de 2020, quando três policiais com um mandado de prisão arrombaram a porta de sua casa no meio da noite. Armado, o companheiro da vítima abriu fogo contra os policiais, acreditando que fossem ladrões.
Apenas um policial foi levado à Justiça por colocar terceiros em perigo, pois seus tiros atingiram a parede de um apartamento vizinho. Os outros dois ficaram sem acusações, embora os tiros tenham matado esta profissional da área da saúde.
A morte de Breonna gerou protestos e indignação em meio ao movimento contra o racismo e a brutalidade policial.
Em outro caso que gerou indignação nos Estados Unidos na terça-feira, o Departamento de Justiça anunciou que não irá acusar os policiais de Cleveland que mataram a tiros Tamir Rice, um adolescente negro de 12 anos que segurava uma arma de brinquedo em 2014.
Os promotores "encontraram evidências insuficientes para apoiar as acusações criminais federais contra os oficiais da Divisão de Polícia de Cleveland (CDP) Timothy Loehmann e Frank Garmback", disse o Departamento de Justiça em um comunicado.
"Não é suficiente demonstrar que o policial cometeu um erro, agiu com negligência, agiu por acidente, ou mesmo fez uma má avaliação", diz o comunicado que encerra a investigação.
Rice estava brincando em um parque com uma espingarda de chumbo em novembro de 2014 quando Loehmann e Garmback, ambos brancos, chegaram em uma patrulha, atendendo a uma chamada de emergência.
No vídeo de vigilância, vê-se Loehmann atirando em Rice duas vezes, poucos segundos após sua chegada, depois que o menino pareceu tirar a réplica da arma de fogo de sua cintura.
Os policiais não foram informados da suspeita de que a arma que o menino segurava seria de brinquedo.
Em 2015, promotores locais fecharam uma investigação criminal sem apresentar queixa contra os dois agentes.
Autoridades da cidade de Cleveland tomaram medidas disciplinares contra os policiais em 2017, após uma investigação local de dois anos.
Loehmann foi despedido, e Garmback, que dirigia a viatura, foi suspenso por dez dias.
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