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Trinta e três soldados morrem no Mali em suposto ataque 'jihadista'

Uma vista dos caixões cobertos com a bandeira dos soldados do Mali durante uma cerimônia de honra na sede do exército em Kati, no dia 6 de setembro de 2020 - REUTERS
Uma vista dos caixões cobertos com a bandeira dos soldados do Mali durante uma cerimônia de honra na sede do exército em Kati, no dia 6 de setembro de 2020 Imagem: REUTERS

Da AFP

17/03/2021 15h42

Bamako, (AFP) - Um total de 33 soldados malineses morreram na segunda-feira no nordeste do país, perto das fronteiras com Burkina Faso e Níger, segundo um novo balanço divulgado hoje (17). A operação foi atribuída ao Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), uma aliança extremista ligada à Al-Qaeda, segundo o órgão de propaganda da própria rede.

O ataque aconteceu ao meio-dia de segunda-feira contra o posto militar de Tessit, a sudoeste de Ansongo. O posto caiu em uma emboscada armada por 100 homens a bordo de SUVs e motocicletas, informou o Exército nas redes sociais. Vinte jihadistas foram encontrados mortos no terreno.

O Exército malinense sofreu centenas de baixas em ataques nos últimos anos. Desde 2012 e após a insurreição de rebeliões separatistas e, depois, de extremistas islâmicos no norte, o Mali mergulhou em uma espiral de violência que deixou milhares de civis e combatentes mortos, além de centenas de milhares de deslocados, apesar do apoio da comunidade internacional e da intervenção das forças da ONU, africanas e francesas.

A crise se estendeu a Burkina Faso e Níger. Na segunda-feira, 58 pessoas morreram no oeste do Níger em ataques atribuídos a extremistas contra civis que voltavam do mercado e contra uma aldeia, a 100 quilômetros de Mali, nessa mesma área conhecida como "as três fronteiras".

Essa região, palco de mortíferas ações de grupos afiliados à Al-Qaeda e à organização Estado Islâmico (EI), é alvo, desde janeiro de 2020, de um grande esforço militar da força francesa Barkhane e de seus sócios no Sahel - sobretudo, contra o Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).A França diz ter infligido importantes reveses ao EIGS, assim como à Al-Qaeda e suas afiliadas, também ativas no Sahel.