Autoridade eleitoral do Equador confirma Arauz e Lasso no segundo turno presidencial
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador confirmou neste sábado (20) que o economista de esquerda Andrés Arauz e o ex-banqueiro de direita Guillermo Lasso vão disputar a eleição presidencial em 11 de abril, depois de resolver todas as contestações sobre a votação do primeiro turno em fevereiro.
"Depois de apurados 100% [dos votos] e resolvidos os recursos judiciais das organizações políticas, o plenário do órgão eleitoral decidiu proclamar os resultados definitivos pela dignidade do binômio presidencial", anunciou o secretário da entidade, Santiago Vallejo.
A resolução foi aprovada por unanimidade de votos dos cinco membros, em reunião realizada no porto de Guayaquil.
Arauz, de 36 anos, herdeiro político do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), venceu o primeiro turno com 32,72% dos votos, seguido por Lasso, 65, com 19,74%, segundo os resultados apurados pelo CNE.
O líder indígena de esquerda Yaku Pérez, que ficou em terceiro lugar com 19,39% dos votos, denunciou que uma fraude da direita o tirou da disputa.
Pérez, um advogado ambientalista de 52 anos, esgotou todas as vias para contestar o resultado, negadas pelo CNE, que organiza as eleições, e o Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE), encarregado de julgar e fazer cumprir as normas eleitorais.
Em resposta, o indígena pediu a seus apoiadores que não votem em nenhum dos candidatos.
Cerca de 13,1 milhões de eleitores são convocados às urnas para eleger o sucessor do impopular presidente Lenín Moreno, cujo mandato de quatro anos termina em 24 de maio.
Arauz e Lasso, que estão em campanha eleitoral desde terça-feira, participarão de um debate neste domingo em um encontro organizado pelo CNE, que será transmitido ao vivo para todo o país.
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