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EUA não descartam hipótese de fuga acidental do vírus Sars-Cov-2 na China

Há "duas teorias" que explicam a origem do coronavírus: o contato humano com animais infectados ou um acidente de laboratório. - Hector Retamal/AFP
Há "duas teorias" que explicam a origem do coronavírus: o contato humano com animais infectados ou um acidente de laboratório. Imagem: Hector Retamal/AFP

14/04/2021 17h28

Washington, 14 Abr 2021 (AFP) - Os serviços de Inteligência americanos ainda não descartaram a hipótese de um acidente laboratorial para explicar o aparecimento em Wuhan, na China, da pandemia de covid-19, informaram suas autoridades nesta quarta-feira (14).

"A comunidade de Inteligência não sabe exatamente onde, quando ou como o vírus da covid-19 foi transmitido", afirmou a diretora da Inteligência americana, Avril Haines, a um comitê do Senado.

Ela mencionou "duas teorias" que explicam a origem do coronavírus: o contato humano com animais infectados ou um acidente de laboratório.

"Estamos aí", acrescentou. "Mas continuamos trabalhando neste tema, estamos compilando informação e estamos fazendo tudo o possível para dar maior confiabilidade" às explicações sobre a origem da pandemia.

"Estamos fazendo tudo o que podemos e estamos usando todos os recursos à nossa disposição para lançar luz sobre isto", acrescentou o diretor da CIA, William Burns.

Mas, "o que está claro para nós e nossos especialistas é que os líderes chineses não foram totalmente francos nem transparentes em sua cooperação" com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, acrescentou.

Os serviços de Inteligência estão cooperando com outras agências governamentais e universidades para tentar determinar a procedência exata do vírus, afirmou o general Paul Nakasone, chefe da agência de Inteligência militar, a NSA.

Em seu relatório publicado no fim de março, os especialistas internacionais da OMS haviam considerado "extremadamente improvável" a teoria segundo a qual o coronavírus poderia ter escapado do Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade da região central da China onde a covid-19 apareceu no fim de 2019.