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EUA sanciona funcionários de Cuba por 'repressão violenta' a protestos

19/08/2021 19h57

Washington, 19 Ago 2021 (AFP) - Os Estados Unidos sancionaram três funcionários do alto escalão cubanos nesta quinta-feira (19), na quarta rodada de medidas punitivas contra membros do governo da ilha em resposta à "repressão violenta" aos protestos que eclodiram em 11 de julho, informou o Departamento do Tesouro.

Roberto Legra e Andrés Laureano González, do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (Minfar), e Abelardo Jiménez, do Ministério do Interior (Minint), foram incluídos na lista do Tesouro. Dessa forma, todos os seus ativos nos Estados Unidos foram congelados, e as transações com cidadãos ou entidades americanas, proibidas.

Legra é subchefe do Estado-Maior e chefe da Diretoria de Operações das Forças Armadas Revolucionárias (FAR), que, durante os protestos, mobilizou as Tropas de Prevenção (TDP), unidade da Polícia Militar. González é comandante do Exército Central, e Jiménez, diretor das prisões em Cuba.

O presidente Joe Biden advertiu Havana que haverá mais sanções, "a menos que haja alguma mudança drástica em Cuba".

A primeira série de sanções dos Estados Unidos "por reprimir protestos pacíficos e pró-democráticos em Cuba" foi em 22 de julho, contra o titular do Minfar, Álvaro López Miera, e a unidade de choque da Brigada Especial Nacional (BEN) do Minint.

Em 30 de julho, Washington aplicou medidas financeiras contra a Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e seus altos funcionários: o diretor, Oscar Callejas, e o vice-diretor, Eddy Sierra.

A terceira rodada foi no dia 13 de agosto, contra o TDP, também conhecido como "Boinas Vermelhas", além dos responsáveis pela Diretoria Política do Minint, Romarico Vidal Sotomayor, e da Diretoria Política da PNR, Pedro Orlando Martínez.

Nos dias 11 e 12 de julho, milhares de pessoas saíram às ruas de Cuba alegando estar "com fome" e pedindo o fim da "ditadura", em meio à pior crise econômica em décadas e a uma onda de infecções e mortes por covid-19.

Sem precedentes desde a revolução que levou Fidel Castro ao poder, em 1959, os protestos deixaram um morto e dezenas de feridos. Centenas de pessoas foram presas.

Washington pediu a libertação dos manifestantes, enquanto tenta encontrar formas de garantir o acesso à internet para o povo cubano.

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