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EUA criam linha para denúncias de corrupção em El Salvador, Guatemala e Honduras

15/10/2021 20h38

Washington, 15 Out 2021 (AFP) - Quem tiver informações sobre pessoas de El Salvador, Guatemala ou Honduras que usaram o sistema financeiro dos Estados Unidos para mover ou lavar dinheiro resultante de atividades criminosas pode entrar em contato com o FBI, disse a Procuradoria-Geral dos EUA nesta sexta-feira (15).

O governo de Joe Biden anunciou a criação de uma linha direta para a comunicação de denúncias de corrupção nesses três países, cujo combate considera fundamental para lidar com as causas da migração irregular da América Central para os Estados Unidos.

"A corrupção e a impunidade na região enfraquecem a democracia, incentivam a migração e representam uma ameaça à segurança nacional", afirmou Kenneth Polite, vice-procurador-geral da Divisão Criminal do Departamento de Justiça, ao apresentar a iniciativa.

Possíveis atos de corrupção ou movimentos ilícitos de capitais podem ser denunciados ao FBI, a polícia federal americana, pelo e-mail 'combatiendocorrupcion@fbi.gov', tanto em inglês quanto em espanhol, explicou.

A informação será então examinada pela Força-Tarefa Anticorrupção do Triângulo Norte, lançada em junho pela Procuradoria-Geral no âmbito dos esforços confiados por Biden à vice-presidente Kamala Harris para lidar com o crescente fluxo de migrantes indocumentados na fronteira sul do país.

Este grupo deve determinar se existe um vínculo jurisdicional com os Estados Unidos para assim poder investigar, processar e, eventualmente, apreender e devolver os bens roubados a salvadorenhos, guatemaltecos e hondurenhos, segundo um comunicado.

Agentes especiais do Departamento Federal de Investigação (FBI), da Administração de Fiscalização de Drogas (DEA) e do Departamento de Segurança Interna (DHS) apoiam a iniciativa, que busca a tomada de ações legais nos Estados Unidos contra estrangeiros responsáveis por atos de corrupção.

As chegadas de migrantes na fronteira do país com o México diminuíram durante a fase inicial da pandemia de covid-19, na primeira metade de 2020, mas voltaram a crescer no final do ano.

Mais de 1,3 milhão foram detidos na fronteira sul dos EUA desde a chegada de Biden à Casa Branca em janeiro, um nível não visto em 20 anos. Destes, cerca de 596 mil saíram de El Salvador, Guatemala e Honduras.

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