Agência europeia dá prazo de 2 meses para analisar pedido da Moderna para vacinar crianças
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou hoje que deve decidir em cerca de dois meses se a aplicação da vacina contra covid-19 da Moderna pode ser estendida a crianças de 6 a 11 anos.
Vários países, incluindo França e Alemanha, desaconselham a injeção desta vacina em pessoas com menos de 30 anos de idade devido a um baixo risco de inflamação cardíaca.
A empresa americana de biotecnologia apresentou ontem um pedido de autorização da vacina contra o coronavírus ao regulador europeu para ser usada nessa faixa etária.
"O programa de avaliação atual prevê uma decisão em cerca de dois meses, a menos que mais informações ou análises sejam necessárias", informou a EMA, com sede em Amsterdã, em nota.
"Este é um cronograma acelerado quando comparado a análises semelhantes fora da pandemia", acrescentou a EMA.
Até agora, o soro da Moderna é autorizado pela EMA a partir dos 12 anos. Mas vários países, incluindo a França, desaconselharam na segunda-feira o uso do produto abaixo de uma certa idade (30 anos no caso francês), por temores de que pudesse causar miocardite.
Este efeito colateral foi detectado especialmente em adolescentes e adultos jovens, principalmente homens.
No final de outubro, a Moderna anunciou resultados positivos de seus testes clínicos em crianças de 6 a 11 anos, uma vez que a vacina provocou "uma forte resposta imunológica" com níveis "robustos" de anticorpos detectados.
A EMA também estuda dados da Pfizer, que solicitou permissão para usar seu imunizante em crianças de 5 a 11 anos. Essa análise pode ser concluída em dezembro, informou o regulador na semana passada.
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