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Atila Iamarino diz que seus dados foram alterados no ConecteSUS

Atila Iamarino - reprodução/Instagram
Atila Iamarino Imagem: reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

10/11/2021 09h12Atualizada em 11/11/2021 00h03

O microbiologista, pesquisador e influenciador digital Atila Iamarino afirmou ontem que seus dados pessoais foram alterados de forma ilegal na plataforma do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo ele, seu nome, o nome de sua mãe e a sua nacionalidade foram modificados no certificado de vacinação no ConecteSUS.

Atila disse que, por meio de seus advogados, pediu ao Ministério da Saúde a correção e esclarecimento sobre quem teve acesso a seus dados. "Tentaram alterar meu status para óbito também, mas pelo visto o sistema corrigiu com a entrada dos dados da vacinação", afirmou.

"Descobri que também invadiram meus dados no ConecteSUS. Alteraram meu nome, o nome da minha mãe e minha nacionalidade no certificado de vacinação, em documento oficial", relatou Iamarino. "Como me sentir com meus dados na mão de quem faz isso? Com os dados do meu filho lá?", completou.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que identificou as alterações indevidas no cadastro do certificado de vacinação contra a covid-19 emitido pelo aplicativo Conecte SUS. "A pasta esclarece que a modificação não foi feita por servidor do ministério, mas por um operador credenciado, o qual já teve o seu acesso ao sistema bloqueado. A orientação para as pessoas que tiverem problemas com as informações inseridas no Conecte SUS é procurar a ouvidoria, por meio do número 136. O ministério reforça que está atuando para restaurar os cadastros e bloquear os operadores responsáveis pelas alterações indevidas", afirmou a pasta.

Outros casos afetaram opositores de Bolsonaro

O cadastro de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), junto ao Sistema Nacional Único de Saúde (SUS) foi alvo de ataques em julho. Foram registradas alterações em dados como o nome e fotos de registro do político e de familiares, aos quais foram adicionadas ofensas. A informação foi divulgada na coluna do jornalista Leonardo Sakamoto, no UOL, e confirmada pelo Ministério da Saúde.

Naquele mesmo mês, também foi divulgado que uma invasão no sistema em 2019 suspendeu o cadastro de Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Ela passou a ser classificada como morta. Ainda, o nome "Bolsonaro" foi inserido no registro da deputada federal.

Em outubro, os youtubers Felipe Neto, Felipe Castanhari e Nyvi Estephan relataram que tiveram seus dados alterados ilegalmente no sistema cadastral do SUS, que está sob responsabilidade do Ministério da Saúde (MS).

Em nota, o Ministério da Saúde disse que "as alterações indevidas foram corrigidas" e que os acessos dos usuários que fizeram a modificação dos dados "foram bloqueados pelo Departamento de Informática da pasta (DataSUS)". A pasta não deu detalhes sobre os usuários que estariam por trás das mudanças, mas disse que "tomará medidas adequadas para apuração e mitigação do ocorrido".