Cuba condenou 17 pessoas por tráfico de meninas e mulheres em 2020
Havana, 22 dez 2021 (AFP) - Cuba condenou em 2020 dezessete pessoas a penas de até 12 anos de prisão pela exploração sexual de meninas e mulheres, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (22) por autoridades locais, que ressaltam a "baixa incidência" do crime de tráfico de pessoas na ilha.
Estas 17 pessoas - 11 homens e 6 mulheres - estiveram envolvidas em 15 casos registrados em várias províncias do país, nos quais "foram identificadas 18 vítimas, das quais 10 são meninas e 8 são mulheres", detalhou o Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas de 2020, publicado pela chancelaria cubana.
O relatório oficial detalhou que estes casos se referem ao crime de "tráfico com fins de exploração sexual e um deles inclui a modalidade de tráfico com fins de trabalho forçado", acrescentou.
Além disso, destacou que "as sanções penais para os algozes oscilaram entre 6 e 12 anos de privação da liberdade".
Na terça-feira, os Estados Unidos reiteraram que mantêm o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial a Cuba por suas ações insuficientes no combate ao tráfico de pessoas.
"Na verdade, Cuba não recebe nenhuma ajuda dos EUA há tempos. O que recebe é uma guerra econômica criminosa e impiedosa", disse o diretor dos Estados Unidos na chancelaria cubana, Carlos Fernández de Cossío, em sua conta no Twitter.
Uma das mulheres que foi condenada a sete anos pelos crimes de proxenetismo e tráfico de pessoas, enviou por engano uma jovem a Trinidad e Tobago para exercer a prostituição em uma boate. A acusada tinha um acordo com um indivíduo que lhe pagaria 200 dólares "por cada jovem capturada", acrescenta o informe.
"No período em que a vítima trabalhou na boate, viu a chegada de outras jovens cubanas a este país e algumas delas tinham sido capturadas pela acusada", acrescentou o documento.
Em outro caso, na província de Matanzas (oeste), uma mulher, com dependência em álcool, foi condenada e oito anos de prisão por prostituir as duas filhas de 14 e 12 anos.
As autoridades cubanas consideram que "se mantém uma incidência baixa" do crime de tráfico de pessoas devido a ações preventivas e de operações contra redes de tráfico.
A chancelaria informou que funcionários do Ministério do Interior impediram a entrada em Cuba de "seis cidadãos americanos, registrados como agressores sexuais no estado da Flórida, sobre os quais as autoridades dos Estados Unidos alertaram de sua viagem a Cuba".
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