Acusado de corrupção em Israel, Netanyahu diz que deseja seguir na política
Jerusalém, 24 Jan 2022 (AFP) - O ex-primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção em uma série de casos, afirmou nesta segunda-feira (24) que rejeita um acordo de negociação de pena no qual reconheceria suas "falhas morais", um conceito que colocaria um ponto final em sua carreira política.
O ex-premiê é acusado de ter recebido presentes - champanhe, joias e charutos - de ricas personalidades, de tentar obter uma cobertura favorável no jornal israelense Yediot Aharonot e de favorecer um magnata das telecomunicações com o mesmo objetivo.
Denunciado por corrupção, abuso de confiança e peculato, um dos premiês mais longevos da breve história moderna de Israel afirmou ser inocente e acusou a Justiça de ter tramado um "golpe de Estado" contra ele.
Nas últimas semanas, o campo de Netanyahu negociou com a Justiça um acordo no qual ele reconheceria sua culpabilidade em alguns casos para evitar uma eventual pena de prisão.
Segundo meios israelenses, o acordo incluiria uma cláusula de "falha moral", que teria como efeito, segundo o direito israelense, impedir que Netanyahu, de 72 anos, seja membro do Parlamento nos próximos sete anos, o que colocaria fim à sua carreira política.
Netanyahu, atual líder do partido de direita Likud, que encabeça a oposição, disse que "não está correta" a informação de que ele teria aceitado a culpabilidade em alguns casos.
"Continuarei dirigindo o Likud [...] com o objetivo de liderar Israel", acrescentou Netanyahu, que também agradeceu aos "milhões" de israelenses que o "apoiam".
Segundo analistas, sua saída da vida política abriria a corrida para sua sucessão no comando do Likud e também fragilizaria a coalizão do primeiro-ministro Naftali Bennett, que reúne partidos de diversos espectros políticos unificados com base na oposição a Netanyahu.
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