Trabalhadores aprovam em Nova York o primeiro sindicato da Amazon nos EUA
Nova York, 1 Abr 2022 (AFP) - Os trabalhadores da Amazon em Nova York aprovaram nesta sexta-feira (1º) a formação do primeiro sindicato do gigante da web, um marco para essa empresa que se opunha à sindicalização de seus funcionários.
Os trabalhadores do depósito Staten Island JFK8 aprovaram a sindicalização com 2.654 a 2.131 votos, de acordo com uma contagem da agência federal de relações trabalhistas.
Em jogo estava a capacidade da Amazon de permanecer livre de sindicatos em seu mercado doméstico, um status que ela protegeu ferozmente desde o início da empresa na década de 1990.
"Bem-vindo ao primeiro sindicato da Amazon da América", tuitou o organizador Christian Smalls.
Durante a campanha, a empresa tentou dissuadir a sindicalização por meio de reuniões obrigatórias e com cartazes e outras mensagens nos locais de trabalho.
A Amazon argumenta que a sindicalização prejudicará as relações diretas entre a empresa e os trabalhadores e será um salto para o desconhecido, e não garante aos trabalhadores melhores salários ou segurança no emprego.
- Os sindicatos revivem? -A proporção de trabalhadores americanos sindicalizados caiu de quase 20% em 1983 para cerca de 10% em 2021, segundo a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos.
Na Amazon, os trabalhadores de um depósito de Bessemer, Alabama, votaram no ano passado por esmagadora maioria contra uma proposta de sindicalização apoiada pelo Sindicato dos Varejistas, Atacadistas e Lojas de Departamento (NLRB).
Mas a NRLB pediu para realizar uma nova votação, alegando que a Amazon interferiu na eleição por meio de pressões aos trabalhadores. Na nova votação, 993 trabalhadores votaram contra formar o grupo trabalhista e 875 se pronunciaram a favor.
No entanto, 416 cédulas foram "impugnadas", o que é uma quantidade "determinante", segundo a NLRB. Isso significa que o número de cédulas ainda a serem resolvidas é grande o suficiente para decidir o resultado final.
Os responsáveis pelo sindicato disseram na quinta-feira em coletiva de imprensa que sua campanha do ano passado - que foi apoiada até pelo presidente Joe Biden - ajudou a impulsionar medidas semelhantes em todo Estados Unidos.
Na rede de cafeterias Starbucks, surgiu um movimento para mudar a dinâmica trabalhista em dois estabelecimentos do norte do estado de Nova York. Desde então, campanhas sindicais estão se desenvolvendo em mais de 150 estabelecimentos da multinacional.
No Starbucks, a campanha foi liderada principalmente por trabalhadores jovens e universitários.
Campanhas sindicais também foram bem-sucedidas recentemente em museus, ONGs, empresas de comunicação e universidades.
Além desses setores, os sindicatos batalharam para ganhar espaço, especialmente em estados do sul e do oeste, onde a porcentagem de funcionários sindicalizados é particularmente baixa.
jum-jm/bgs/dg/jc/aa
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