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Líder republicano no Congresso dos EUA é chamado a depor sobre ataque ao Capitólio

Capitólio dos EUA onde fica o Senado e a Câmara dos Representantes dos EUA - Drew Angerer/Getty Images/AFP
Capitólio dos EUA onde fica o Senado e a Câmara dos Representantes dos EUA Imagem: Drew Angerer/Getty Images/AFP

12/05/2022 18h03Atualizada em 12/05/2022 18h14

O líder republicano na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, foi convocado nesta quinta-feira (12) a depor na comissão parlamentar que investiga o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 por apoiadores de Donald Trump, devido a suas múltiplas trocas com o então presidente.

O comitê, composto por uma maioria de democratas, busca esclarecimentos sobre as ações de Trump antes e durante o ataque à sede do Congresso, protagonizado por seus simpatizantes, que tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições.

Trump, que concorria à reeleição, alega sem provas que as eleições presidenciais foram fraudadas.

"Kevin McCarthy esteve em comunicação com o presidente Trump antes, durante e depois do ataque", aponta a comissão para justificar a convocação.

"McCarthy também afirmou ter tido uma conversa com o presidente imediatamente após o ataque, durante o qual" Trump "reconheceu algum tipo de responsabilidade pelo ataque", continua o comunicado.

Outros quatro congressistas republicanos são alvos de mandados judiciais para prestar depoimento.

O comitê investigador já ouviu centenas de depoimentos, entre eles os de Ivanka Trump, filha do ex-presidente, e seu marido Jared Kushner, que foram assessores do magnata republicano durante sua administração.

A instância parlamentar, que prevê a realização de audiências públicas em junho, espera concluir seu trabalho antes das eleições legislativas de meio mandato de novembro. Se os democratas perderem o controle da Câmara, a comissão poderia ser dissolvida pelos republicanos.

O jornal The New York Times informou nesta quinta-feira que os procuradores federais estão conduzindo uma investigação supervisionada por um grande júri sobre a gestão de documentos oficiais por parte de Trump, acusado de negligenciar e extraviar deliberadamente certos arquivos.

Alguns desses documentos, recuperados pelos Arquivos Nacionais, foram entregues à comissão.

Ao mesmo tempo, há uma vasta investigação federal em andamento para encontrar as pessoas que participaram diretamente da invasão do Capitólio.

Até o momento, existem 810 detidos, a maioria dos quais foi indiciado, segundo informações divulgadas nesta quinta pelo Departamento de Justiça dos EUA.

Grande parte dos envolvidos, que aparentemente se limitaram a perambular pelo prédio, estão sendo processados por delitos menores, como violação da proibição de entrada ou perturbação da ordem pública. Cerca de 280 acusados se declararam culpados.