Brasileira é condenada após ser pega com drogas na Tailândia, diz advogada
Mary Hellen Coelho Silva, detida em 14 de fevereiro na Tailândia por tráfico de drogas, foi condenada a 9 anos e seis meses de prisão pelas autoridades do país asiático.
A sentença foi anunciada pela advogada da brasileira, Kaelly Cavoli Moreira, que disse ter sido informada sobre o resultado do julgamento, realizado ontem, por membros do Consulado Brasileiro.
"A defesa de Mary Hellen Coelho, brasileira detida na Tailândia, através desta nota informa que a brasileira já foi a julgamento perante as autoridades tailandesas e recebeu a pena de 9 anos e 6 meses de prisão, sendo divididos em dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal. Atualmente aguardamos a cópia dos documentos referentes ao processo para que possamos estruturar os próximos passos", detalhou Cavoli em seu perfil no Instagram, na manhã de hoje.
Mary Hellen, de 22 anos, foi presa com outros dois brasileiros no aeroporto de Bangkok, capital da Tailândia, transportando 15,5 kg de cocaína em três malas - uma carga avaliada em cerca de R$ 7 milhões pelas autoridades.
A família da jovem, que é natural de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, veio a público pedir ajuda para encontrar defensores para a jovem, que segundo eles nunca havia saído do país e, agora, temia pela vida, já que a legislação do país asiático prevê até mesmo pena de morte para condenados por tráfico.
"O que a gente mais recebeu de pergunta é: Vai ser pena de morte? Vai ser perpétua? Enfim, e o que eu tenho a dizer para vocês hoje é: o mundo precisa ir na contramão de penas desumanas, a pena da Mary Hellen foi de aproximadamente 9 anos, sendo dois anos de pena civil, que não é penal", explicou a advogada da brasileira, destacando que parte da pena deve privar Mary Hellen apenas de direitos, e não de liberdade.
"Sete anos inclusive são compatíveis com o regime brasileiro. (...) Hoje a minha alegria em particular é que é uma pena considerada possível, inclusive aí para o pedido de extradição", completou a defensora em seus stories no Instagram, comemorando o resultado do julgamento.
Uma mulher suspeita de aliciar a mulher e mais dois brasileiros, que partiram com as malas do aeroporto de Curitiba no início de fevereiro, foi presa em uma operação da Polícia Federal em 5 de maio. A suspeita é de que ela operava um esquema de tráfico internacional desde antes da pandemia de covid-19.
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