Aliado de Trump, Navarro é acusado de desacato em investigação de ataque ao Capitólio dos EUA
O ex-diretor de Comércio da Casa Branca e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, Peter Navarro, foi acusado nesta sexta-feira (3) de desacato ao Congresso depois de recusar intimações do comitê da Câmara que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Navarro, de 72 anos, foi acusado de se recusar a comparecer para dar seu depoimento e rejeitar entregar documentos ao comitê que investiga os ataques de centenas de apoiadores de Trump que buscavam obstruir a certificação de Joe Biden como vencedor da eleição presidencial de 2020.
Navarro foi colocado sob custódia e deve comparecer ao tribunal na tarde desta sexta-feira, de acordo com o tribunal distrital federal de Washington.
O comitê, que investiga se Trump, seus assessores e outros republicanos importantes instigaram ou lideraram o ataque, acredita que Navarro pode ter informações relevantes para o caso, disse o Departamento de Justiça.
O comitê disse ter informações que mostram que Navarro trabalhou com o ex-assessor político de Trump, Steve Bannon, "para adiar a certificação do Congresso e, em última instância, mudar o resultado das eleições presidenciais de novembro de 2020".
Depois de coletar documentos e entrevistar centenas de testemunhas em particular, o comitê planeja realizar audiências públicas para apresentar seus resultados a partir de 9 de junho.
Navarro descreveu em um livro publicado em novembro a criação de um plano após a eleição, chamado de "Green Bay Sweep", em referência ao futebol americano, para reverter a vitória eleitoral de Biden bloqueando a confirmação no Congresso. Escreveu que Trump estava "de acordo com a estratégia".
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