Centro-americanos e cubanos, os latinos que mais apoiam os republicanos nos EUA

Os eleitores de origem centro-americana e cubana se inclinam mais aos republicanos do que outros hispânicos e estão mais interessados em votar nas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, destaca nesta quarta-feira (19) uma pesquisa do Fundo NALEO.

No geral, os hispânicos preferem os democratas (56%) aos republicanos (31%) na disputa pelo Congresso, segundo uma pesquisa do Fundo Educacional da Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Designados (NALEO).

Os candidatos do Partido Democrata continuam sendo os que aparecem mais bem colocados, com o apoio de 63% dos porto-riquenhos, 52% dos de origem centro-americana e mais de 55% de sul-americanos e mexicanos.

Mais da metade dos consultados de origem cubana e 40% dos centro-americanos afirmam, no entanto, que vão votar em um candidato do Partido Republicano ao Congresso nas eleições de 8 de novembro, nas quais será renovada a Câmara de Representantes, além de mais de um terço do Senado e serão eleitos cerca de 30 governadores.

Em comparação, o número não chega a 20% entre os porto-riquenhos e é de 31% entre aqueles de origem mexicana.

Os cubanos e centro-americanos também parecem mais implicados nestas eleições em que o Partido Democrata disputa o Controle do Congresso na metade do mandato presidencial. Mais de 70% deles afirmam que vão votar.

A sexta semana de pesquisas da NALEO também perguntou aos eleitores latinos pela primeira vez sobre suas opiniões sobre a legalização federal da maconha e mais de 70% a apoiam para uso recreativo.

Os eleitores latinos continuam considerando a inflação e o aumento do custo de vida o tema central mais importante, seguido do direito ao aborto.

Os hispânicos coincidem em um apoio maciço ao programa DACA para os imigrantes em situação irregular que chegaram ainda crianças aos Estados Unidos, chamados "dreamers" e a uma legislação que garanta o acesso ao aborto - incluídos os de origem cubana, mais inclinados aos  republicanos.

Os resultados "lançam luz crítica sobre a diversidade de pontos de vista", afirmou Arturo Vargas, diretor da NALEO, citado no comunicado, no qual se queixa de que nenhum dos partidos se mobiliza o suficiente para contactar os latinos durante a campanha.

A pesquisa foi realizada de 4 a 16 de outubro com 532 eleitores latinos e tem margem de erro de +/-4,5%. 

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