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Suécia: investigação preliminar confirma sabotagem nos gasodutos Nord Stream

18/11/2022 05h48

As explosões que afetaram em setembro os gasodutos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico, construídos para transportar gás russo na Europa, foram uma sabotagem, anunciou nesta sexta-feira o procurador responsável pela investigação preliminar na Suécia.

"As análises feitas mostram restos de explosivos em vários dos objetos estranhos encontrados", afirma em um comunicado o procurador Mats Ljungqvist, que comanda a investigação preliminar aberta após a descoberta, no final de setembro, de quatro grandes vazamentos de gás nos gasodutos que ligam a Rússia com a Alemanha.

Rússia e os países ocidentais, especialmente Estados Unidos, acusam-se mutuamente pelas explosões.

"A continuidade da investigação preliminar mostrará se alguém pode ser processado", acrescentou a Promotoria.

O Serviço de Segurança Sueco (SAPO), que conduz a investigação sob a liderança do Ministério Público, confirmou os resultados em comunicado, mas ambas as autoridades recusaram-se a fornecer mais informações. 

A investigação também conta com o apoio da guarda costeira sueca, das Forças Armadas e da polícia.

Duas avarias foram registradas na zona econômica da Suécia e duas na da Dinamarca. 

As inspeções preliminares submarinas reforçaram as suspeitas de uma sabotagem, pois os vazamentos foram precedidos por explosões, segundo os investigadores. 

No fim de outubro, o consórcio Nord Stream, que tem a empresa russa Gazprom como acionista majoritário, enviou um navio civil de bandeira russa para inspecionar a zona sueca. 

Em novembro, o Nord Stream também recebeu autorização para inspecionar a zona dinamarquesa e uma investigação ainda está em curso. 

Os dois gasodutos estão no meio da tensão geopolítica desde o início da guerra na Ucrânia, agravada pela decisão da Rússia de interromper o fornecimento de gás para a Europa em represália às sanções ocidentais. 

No início de novembro, o operador Nord Stream informou que uma seção de cerca de 250 metros havia sido destruída e que crateras de "3 a 5 metros" de profundidade haviam sido descobertas no fundo do mar.

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© Agence France-Presse