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Inflação, incêndios, Elizabeth II: o ano de 2022 em dez recordes

05/12/2022 08h32

Do aumento dos preços aos incêndios, passando pela rainha Elizabeth II, o ano 2022 em dez recordes.

- Aumento dos preços -

A invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro provocou um aumento dos preços da energia e dos alimentos. O índice de preços dos alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) atingiu em março um recorde histórico, assim como o preço europeu do gás.

Isso se traduziu em um aumento da inflação ao longo do ano, por exemplo, um avanço de 10,6% em ritmo anual em outubro na zona do euro, o maior aumento desde o início da série histórica de estatísticas europeias em 1997.

- Fluxo de refugiados -

O conflito na Ucrânia provocou o maior fluxo de refugiados na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial. Mais de seis milhões de pessoas para os países limítrofes e oito milhões de deslocados internos, calculou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em maio. 

Em todo o mundo, o número de deslocados forçados superou a barreira de 100 milhões pela primeira vez. 

- Ondas de calor e incêndios -

O ano foi marcado por novos recordes climáticos. Na Europa, o verão foi o mais quente já registrado, e as superfícies queimadas pelos incêndios foram as mais extensas, com mais de 600.000 hectares destruídos.

Em todo o mundo, as emissões de CO2 de origem fóssil nunca foram tão elevadas como em 2022.

- Chuva de mísseis -

Em resposta às manobras aéreas conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, as mais importantes da história entre os dois países, a Coreia do Norte disparou em novembro um recorde de mísseis em direção ao Mar do Japão, com um recorde de 23 lançamentos em 24 horas em 2 de novembro.

- Reinado e funerais extraordinários -

Com 70 anos de reinado - sete a mais que sua tataravó Victoria - a vida da rainha Elizabeth II, que faleceu em 8 de setembro aos 96 anos, foi fora do comum, assim como seu funeral em Londres.  

Uma multidão calculada em 250.000 pessoas formou uma fila de vários quilômetros para prestar a última homenagem e ver seu caixão em Westminster.

- Elon Musk, bilhões de dólares e um fiasco -

Elon Musk, um dos homens mais ricos do planeta - líder da Tesla e da SpaceX - deu o que falar após seu "vai e volta" com o Twitter.

Depois de comprar a rede social em outubro por 44 bilhões de dólares, demitiu metade dos funcionários e deixou a plataforma em uma posição de risco.

- Leilão recorde -

A coleção de arte do cofundador da Microsoft Paul Allen foi leiloada em novembro em Nova York por um valor global recorde de 1,62 bilhão de dólares, com obras de Georges Seurat, Paul Cézanne, Vincent Van Gogh e Gustav Klimt. 

Outro sinal de força no mercado da arte, um retrato de Marilyn Monroe por Andy Warhol se tornou, em maio, a obra de arte mais cara do século XX (195 milhões de dólares).

- No topo do tênis mundial -

Ao ganhar pela 14ª vez o torneio de Roland Garros em junho, o espanhol Rafael Nadal ampliouo o próprio recorde de 'majors' entre os tenistas homens. Vinte e dois torneios de Grand Slam, à frente do sérvio Novak Djokovic (21 títulos) e do suíço Roger Federer (20), que em setembro encerrou a carreira.

A americana Serena Williams, que também se aposentou em setembro, supera os três campeões, com 23 títulos do Grand Slam. 

- Palmas para Taylor Swift -

O lançamento do 10º álbum de Taylor Swift, "Midnights", provocou problemas no Spotify em outubro e bateu o recorde de álbum "mais ouvido em um único dia". Dez de suas músicas ocuparam os 10 primeiros lugares do Billboard Hot 100, algo sem precedentes.

A cantora americana também foi considerada "a celebridade mais poluente do ano" devido aos seus inúmeros voos em jatos privados, segundo a agência de marketing Yard.

- Oito bilhões de pessoas -

A população mundial superou a marca de 8 bilhões em meados de novembro, segundo as Nações Unidas. Um "crescimento sem precedentes", já que em 1950 o planeta tinha apenas 2,5 bilhões de habitantes.

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© Agence France-Presse