Diplomata israelense é expulsa da cúpula da União Africana
Uma diplomata israelense foi expulsa neste sábado (18) da assembleia da União Africana (UA), onde participava como observadora da cúpula da organização em Adis Abeba.
O Estado hebreu considerou a expulsão uma medida "grave" e atribuiu-a a manobras do Irã em cumplicidade com a Argélia e a África do Sul.
Em 2022, os países da UA não conseguiram chegar a um acordo sobre o credenciamento de Israel como país observador. A Argélia e a África do Sul se opuseram a essa iniciativa.
A UA até agora se absteve de indicar se o assunto seria discutido novamente este ano.
Um vídeo divulgado na Internet mostra seguranças escoltando a vice-diretora-geral da Chancelaria de Israel, Sharon Bar-li, até a saída do local onde foi inaugurada a cúpula neste sábado, na capital etíope.
Ebba Kalondo, porta-voz do presidente da Comissão da UA, disse à AFP que uma das pessoas presentes foi "convidada a deixar o local" porque não constava da lista de participantes ou observadores.
A UA convidou o embaixador de Israel na UA, Aleli Admasu, para esta reunião, mas esse convite é intransferível, disse Kalondo.
"É lamentável que a pessoa em questão tenha abusado desse favor", acrescentou.
Um porta-voz da diplomacia israelense, no entanto, considerou que a diplomata tinha "credenciamento adequado, como observadora", e considerou que a sua expulsão foi uma iniciativa "grave".
"É triste ver a União Africana refém de um pequeno grupo de países extremistas como a Argélia e a África do Sul, movidos pelo ódio e controlados pelo Irã", disse o porta-voz israelense à AFP.
Vincent Magwenya, porta-voz do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, respondeu que Israel deveria "justificar suas acusações".
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© Agence France-Presse
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