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Parte dos ferroviários britânicos em greve aceita acordo salarial

20/03/2023 17h09

Os funcionários da empresa gestora da rede ferroviária do Reino Unido votaram, nesta segunda-feira (20), majoritariamente a favor de aceitar um acordo salarial para encerrar uma longa greve, informou o sindicato RMT.

O governo classificou de "boa notícia" o acordo, apoiado por 76% dos membros do RMT, depois que diversas greves provocaram sérios transtornos a milhões de passageiros desde o ano passado.

Segundo o Ministério dos Transportes, o pessoal, incluído o de sinalização e manutenção, receberá um aumento de 5% mais um adicional de 4% em dois anos.

O secretário-geral do RMT, Mick Lynch, detalhou que o acordo equivalerá a um aumento de 14,4% para os trabalhadores que recebem menos, e de 9,2% para os mais bem pagos.

Também aumenta os pagamentos atrasados, inclui um acordo obrigatório de não demissão até janeiro de 2025 e vantagens nas viagens de trem.

O secretário dos Transportes do Reino Unido, Mark Harper, instou o sindicato a apresentar agora uma oferta "muito similar" a seus outros membros que trabalham para 14 companhias privadas operadoras das linhas de trem.

Os trabalhadores ferroviários foram os primeiros nos setores público e privado do Reino Unido a realizar uma greve no ano passado contra os aumentos salariais inferiores à inflação, à medida que o custo de vida disparava.

Na próxima semana, estão previstas outras duas jornadas de greve dos integrantes do RMT que trabalham para as companhias ferroviárias.

"A bola está no campo do governo", que deve oferecer um novo acordo, afirmou Lynch.

Na semana passada, os sindicatos de profissionais de saúde pública aceitaram um aumento salarial de 5% após negociações do governo.

Seus filiados, que incluem enfermeiras, paramédicos, pessoal de atendimento de chamadas de emergência, doulas e outros, devem votar o pacote e suspenderam as greves previstas até então.

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© Agence France-Presse