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Maior usina nuclear da Europa está 'com dias contados', diz AIEA

Carros da ONU com especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica chegam a usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, para inspeção - ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS
Carros da ONU com especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica chegam a usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, para inspeção Imagem: ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS

13/04/2023 18h44Atualizada em 13/04/2023 18h56

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, advertiu hoje que a usina nuclear de Zaporizhzhia está "vivendo com dias contados" após as explosões de duas minas perto da central situada no sul da Ucrânia.

A AIEA manifestou seus temores sobre a segurança da central nuclear, que é a maior da Europa e cujo controle foi tomado pelas forças russas na Ucrânia.

"Estamos vivendo com dias contados" no que diz respeito à segurança na usina nuclear de Zaporizhzhia", disse o diplomata argentino em comunicado.

"A não ser que sejam tomadas medidas para proteger a usina, nossa sorte será decidida cedo ou tarde, com a possibilidade de severas consequências para a saúde e o meio ambiente", acrescentou.

Duas explosões de minas ocorreram fora do perímetro da usina, a primeira em 8 de abril, e outra quatro dias depois, segundo o comunicado. Ainda não está claro o que provocou as explosões.

Grossi se reuniu com funcionários russos em Kaliningrado na semana passada, e antes disso com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky.

Grossi advertiu hoje que a usina continua dependendo de apenas uma linha elétrica, o que representa "grande risco para a sua segurança".