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Mortos e desaparecidos, o que se sabe sobre a explosão na República Dominicana

O governo da República Dominicana declarou "luto oficial" após uma explosão de grandes proporções em uma área comercial de San Cristóbal, que deixou 27 mortos e 59 feridos, de acordo com o último balanço oficial.

Os números foram divulgados na coletiva de imprensa do diretor do Centro de Operações de Emergência (CEO), o general Juan Manuel Méndez.

As autoridades ainda não divulgaram as causas do incidente.

"A investigação ainda não foi aberta. Primeiro é extinguir (os focos de incêndio que permanecem nos prédios afetados) para depois processar a informação e investigar", disse Méndez.

O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, decretou quinta-feira (17) como "dia de luto nacional". Com isso, a bandeira do país deve ser hasteada a meio mastro em quartéis e repartições públicas.

A explosão

A explosão ocorreu por volta das 15h10 locais (16h10 em Brasília) de segunda-feira, na cidade localizada a cerca de 24 quilômetros da capital Santo Domingo.

O impacto se estendeu por cerca de 500 metros e focos de incêndios posteriores afetaram nove edifícios e destruíram parcialmente outros quatro. O estado dos prédios no entorno da área está sendo avaliado para verificar a necessidade de realizar demolições controladas.

"As janelas da casa se moveram com muita força e pensei que fosse um terremoto", disse uma testemunha ao jornal Listín Diario.

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De acordo com o subdiretor da Defesa Civil, Delfín Antonio Rodríguez, em entrevista ao canal de notícias SIN, cerca de 90% das chamas foram controladas na manhã desta quarta-feira (16).

"Ontem à tarde (terça-feira) foi tomada a decisão de fazer trilhos, aquelas aberturas que se vê no edifício, para ventilar e assim poder entrar com linhas de água através dos bombeiros, para conseguir conter o incidente", disse ele.

Cerca de 500 pessoas trabalham nos resgates.

As vítimas

A busca por vítimas continuou durante a madrugada de terça-feira com o apoio de cães farejadores.

Méndez não deu detalhes sobre o estado de saúde dos 59 feridos registrados, dos quais, até terça-feira, 37 permaneciam internados em centros de saúde.

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Sem adiantar valores, Abinader disse que utilizará "um fundo de calamidade" destinado a emergências desse tipo. O governo "vai responder proporcionalmente diante desta terrível tragédia", garantiu o presidente, que participou de uma missa nesta quarta-feira em homenagem às vítimas.

Abinader também anunciou planos para "ajudar financeiramente a todos os negócios" prejudicados pela explosão, com a adoção de "um esquema de flexibilização" para empréstimos de bancos públicos e privados.

Dezenas de pessoas se reuniram nas portas dos hospitais perguntando por familiares que ainda não foram encontrados, enquanto nas redes sociais as fotos destes desaparecidos viralizaram.

"Quando ocorrem esses tipos de situações, de tragédias, quando é preciso identificar os corpos, leva tempo", disse Méndez.

A investigação

Embora a explosão ainda esteja sob investigação, as autoridades confirmaram que seria construído um estacionamento naquela área, o que acabou com a maioria das lojas na área comercial.

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A zona foi militarizada e o perímetro de segurança ampliado, segundo a imprensa local.

"Havia uma loja de ferragens ali, também havia uma equipe onde ocorreu a explosão, e onde manuseavam plásticos, há produtos químicos lá. Então temos que cuidar dos cidadãos, é nosso dever e foi feito um perímetro, um cordão", explicou Rodríguez ao SIN.

San Cristóbal é a quarta província mais populosa da República Dominicana, com 688.828 dos 10,7 milhões de habitantes no país.

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