Conteúdo publicado há 4 meses

Polícia prende suspeito de atrair jovens por meio de app gay em São Paulo

A polícia confirmou, nesta quinta-feira (27), a prisão de um suspeito de envolvimento em crimes contra jovens atraídos por meio de aplicativos de relacionamento gay.

O que aconteceu

Homem é investigado por roubo e associação criminosa. A equipe do 95º Distrito Policial (Heliópolis) cumpriu um mandado de prisão temporária, no Sacomã, zona sul da capital paulista, região onde supostamente atuava.

Vítimas estão sendo ouvidas novamente. Segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, cinco delas reconheceram o suspeito como autor dos crimes apontados.

Investigações seguem em andamento, diz polícia. A apuração está sendo realizada por meio de um inquérito policial instaurado para a identificação dos demais envolvidos.

Mobilização da polícia ocorre após morte de jovem

Leonardo Rodrigues Nunes teria sido atraído por criminosos por meio de um app de relacionamento gay. Relatos feitos por outros homens, nas redes sociais, também chamaram a atenção de autoridades. Ao menos três denunciaram a atuação de suspeitos que estariam agindo na região do Sacomã.

O publicitário Hilário Junior, de 40 anos, foi um deles. Ao UOL, ele contou que já havia feito um alerta para a comunidade LGBTQIA+ em março, após suspeitar que a pessoa que se comunicava com ele por meio de um app era um criminoso.

"Eu fiquei dando corda, corda, corda, até chegar em um ponto em que descobri que se tratava de um golpe", contou Hilário. Ele insistia para me mandar um Uber, me buscar. O mesmo modus operandi. Ele manda te buscar que é para ficar te monitorando e não aceita aparecer em vídeo", acrescentou.

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O endereço enviado pelo suspeito a Hilário fica a 1,6 km de distância de onde Leonardo foi encontrado morto. "Eu fiz uma busca reversa no Google com a foto dele e encontrei [a origem]", completou. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia da Mooca.

Na ocasião, o UOL questionou a SSP se havia indícios da atuação de uma quadrilha que estaria atraindo homossexuais para emboscadas por meio de aplicativos como o Grindr e o Hornet, mas não houve resposta.

A reportagem enviou pedido para posicionamento para as plataformas Hornet e o Grindr. Apenas o Hornet respondeu dizendo estar revisando a segurança do app com "urgência".

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