Polícia da Guatemala retém caravana de migrantes que deixou Honduras rumo aos EUA

A polícia da Guatemala reteve na fronteira, no sábado (20), cerca de 200 pessoas que tinham saído de Honduras com destino aos Estados Unidos, na primeira caravana centro-americana de migrantes de 2024, informaram as autoridades locais.

Os migrantes "estão no km 305 antes de chegar a Ponte Motagua", no departamento guatemalteco de Izabal (leste), na fronteira com Honduras, informou Alejandra Mena, porta-voz do Instituto Guatemalteco de Migração.

Segundo a funcionária, no local há "presença das forças de segurança" e delegados migratórios "para verificar a documentação" dos membros da caravana.

De acordo com a imprensa local, a caravana partiu a pé de um terminal de ônibus em San Pedro Sula, onde tinha se concentrado na véspera.

A partir desta cidade do norte de Honduras, os migrantes, entre os quais há mulheres com crianças pequenas, dirigem-se a Corinto, cidade fronteiriça com a Guatemala.

Mena havia anunciado, horas antes, que um grupo de "500 a 600 pessoas", a maioria venezuelanas, se dirigiam para a fronteira na primeira caravana de migrantes de 2024.

"Trata-se de um fluxo migratório misto, formado por migrantes de diferentes nacionalidades", escreveu no X, antigo Twitter, Allan Alvarenga, diretor-executivo do Instituto Nacional de Migração de Honduras.

Desde 2018, os migrantes hondurenhos formam caravanas de milhares de pessoas que tentam cruzar a Guatemala e o México rumo aos Estados Unidos.

A estes grupos costumam se juntar outros migrantes, principalmente venezuelanos, que vêm da América do Sul e que também buscam o "sonho americano".

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Alguns cruzaram a inóspita selva panamenha de Darién, na fronteira com a Colômbia, uma rota pela qual passaram em 2023 mais de meio milhão de migrantes, fugindo da pobreza, da violência e da falta de oportunidade em seus países.

No entanto, nas últimas vezes que tentaram entrar na Guatemala foram reprimidos pela polícia.

"Parti cinco vezes porque não há trabalho, tenho que buscar a vida lá", disse o hondurenho Wilfredo Bonilla ao canal Televicentro.

"Vamos chegar todos juntos como família, vamos chegar bem", respondeu outro migrante, identificado como Rafael.

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