Dois britânicos de 12 anos são declarados culpados de assassinato com facão

Dois meninos de doze anos foram declarados culpados, nesta segunda-feira(10), por um tribunal britânico de matar um adolescente com um facão, tornando-se os mais jovens condenados por assassinato no Reino Unido em mais de três décadas.

Após um julgamento que durou um mês em Nottingham, centro da Inglaterra, os membros do júri decidiram com unanimidade. 

Os meninos negaram os fatos e durante o julgamento acusaram-se mutuamente pelo assassinato. 

Em 13 de novembro de 2023, os dois meninos, não identificados por motivos legais, esfaquearam Shawn Seesahai, de 19 anos, que estava com amigos em um parque de Wolverhampton, a cerca de 100 quilômetros de Nottingham.

A vítima, nascida na ilha caribenha de Anguila, havia viajado ao Reino Unido para tratar um problema ocular. Ele foi agredido primeiro no ombro por um dos acusados, que carregava um facão com uma lâmina de mais de 42 centímetros, antes de ser novamente golpeado, pisoteado e assassinado.

O facão, com sinais de ter sido limpo com água sanitária, foi encontrado pela polícia debaixo da cama de um dos garotos.

Eles são os mais jovens condenados por homicídio no Reino Unido desde 1993, e podem ser os mais jovens a matar com arma branca, segundo a imprensa local. 

A idade da responsabilidade penal na Inglaterra e Gales é de 10 anos.

A sentença será pronunciada futuramente, embora os menores de idade recebem um tratamento diferente dos adultos, como cumprir as condenações em centros especializados e não em penitenciárias.  

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O Reino Unido enfrenta um aumento da violência com arma branca, muitas vezes com menores como protagonistas.

Os crimes com arma branca aumentaram 7% em 2023, em relação a 2022, chegando a quase 50.000, duplicando em dez anos, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas britânicas (ONS, em inglês).

Em setembro de 2023, a morte de uma jovem de 15 anos, apunhalada a caminho da escola em Londres, comoveu o país. Seu suposto assassino, um adolescente de 17, será julgado em novembro.

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© Agence France-Presse

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