Colômbia vai reforçar segurança da COP16 devido a 'ameaça' guerrilheira

A cidade de Cali, no sudoeste da Colômbia, vai adicionar 5.600 soldados e policiais à segurança da COP16 sobre biodiversidade, entre outubro e novembro, diante da "ameaça" representada por ataques recentes de dissidências das Farc, anunciaram autoridades nesta terça-feira (11).

"Vamos destacar 1.600 efetivos das Forças Militares e 4.000 policiais", informou Daniela Gómez, vice-ministra da Defesa e Segurança. "Estamos muito conscientes dos riscos que corremos e das ameaças presentes no território nacional. Operações estão em curso há alguns meses para evitar que essas ameaças se concretizem."

Com os reforços, a terceira maior cidade da Colômbia vai contar com cerca de 12 mil homens para receber a reunião de cúpula da ONU de 21 de outubro a 1º de novembro.

Os departamentos do Vale do Cauca, do qual Cali é capital, e Cauca se tornaram centro de operações da facção mais radical das dissidências das extintas Farc que não aceitaram o acordo de paz de 2016. O aumento dos ataques a bomba e armados perto da cidade por rebeldes do chamado Estado Maior Central (EMC) acionou o alerta entre autoridades locais.

Em zonas remotas desses departamentos, o Exército da Colômbia fará operações "em áreas de influência" dos grupos armados, informou a secretária de Segurança do Vale do Cauca, Ana María Sanclemente. O objetivo é que, "antes da COP, tenhamos áreas consolidadas para garantir a segurança" durante o encontro, acrescentou.

A prefeitura de Cali prevê a visita de pelo menos 12 mil pessoas à cidade nesse período, entre chefes de Estado, diplomatas, ministros, expositores e turistas.

vd/das/cjc/lb

© Agence France-Presse

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