ONU pede libertação de trabalhadores humanitários detidos pelos huthis no Iêmen

A ONU e diversos países-membros pediram nesta quinta-feira (13) a libertação dos trabalhadores humanitários das Nações Unidas e de outras organizações que foram presos "arbitrariamente" pelos rebeldes huthis no Iêmen.

A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, em nome de cerca de 40 países, denunciou "energicamente" as detenções destes funcionários iemenitas da ONU e de ONGs em regiões controladas pelos rebeldes apoiados pelo Irã.

"Exigimos a libertação imediata e incondicional de todos os detidos e fazemos um apelo aos huthis para garantirem a segurança do pessoal humanitário e da ONU", acrescentou.

Segundo Edem Wosornu, um funcionário do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), nas últimas duas semanas, autoridades huthis prenderam 13 funcionários das Nações Unidas, cinco membros de ONGs internacionais e outros membros de organizações nacionais e da sociedade civil.

"A situação é claramente preocupante", afirmou ele, pedindo a "libertação imediata" destes trabalhadores humanitários que a ONU ainda não conseguiu descobrir onde estão detidos ou em que condições se encontram, como no caso de outros quatro funcionários da organização presos entre 2021 e 2023. 

Na semana passada, os huthis justificaram as detenções alegando ter desmantelado uma "rede de espionagem americana-israelense". Também afirmam agir em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, em meio à guerra entre Israel e o Hamas.

Desde novembro, o grupo iemenita realiza ataques na costa do Iêmen contra navios ligados, segundo dizem, a Israel, Estados Unidos e Reino Unido.

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© Agence France-Presse

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