EUA acusam 'banqueiros clandestinos' chineses de lavar dinheiro do Cartel de Sinaloa

Os Estados Unidos acusaram, nesta terça-feira (18), grupos "ligados a banqueiros clandestinos chineses" de ajudar o Cartel de Sinaloa a lavar mais de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) do narcotráfico.

Vinte e quatro pessoas são acusadas de conspiração para distribuir cocaína e metanfetamina e de crimes de lavagem de dinheiro, anunciou o Departamento de Justiça americano.

Uma investigação "descobriu a associação entre membros do Cartel de Sinaloa e uma máfia criminosa chinesa que operava em Los Angeles e na China para lavar dinheiro das drogas", informou a diretora da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA), Anne Milgram.

Após uma coordenação com o Departamento de Justiça, China e México informaram que prenderam recentemente "fugitivos" citados na acusação, segundo Washington.

O principal acusado, Edgar Joel Martínez-Reyes, 45, e outros usaram diferentes métodos para ocultar a origem do dinheiro. "A lavagem de dinheiro do narcotráfico dá ao Cartel de Sinaloa os meios para produzir e importar seu veneno mortal para os Estados Unidos", ressaltou Anne.

O governo Biden acusa os cartéis mexicanos de produzirem fentanil, um opioide sintético que causa dezenas de milhares de mortes por ano nos Estados Unidos. 

Autoridades apreenderam durante a investigação cerca de US$ 5 milhões (R$ 27 milhões) procedentes do narcotráfico, 136 quilos de cocaína, 41 quilos de metanfetamina e 3.000 comprimidos de ecstasy, entre outras substâncias, além de armas.

erl/dga/lb/mvv

© Agence France-Presse

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