Itália sufoca com sua primeira onda de calor no verão

As autoridades italianas instalaram árvores em vasos nesta sexta-feira (21) e moradores e turistas se refrescavam nas fontes da cidade para enfrentar a primeira onda de calor do verão no país, com temperaturas de até 40º. 

O Ministério da Saúde deixou várias cidades em alerta vermelho, incluindo Roma e Palermo (Sicília) e o serviço meteorológico oficial da Força Aérea confirmou que a temperatura chegou aos 40°C em algumas regiões do país. 

O site meteorológico Il Meteo observou a presença de um anticiclone africano chamado Minos, em referência ao filho de Zeus na mitologia grega.

Em Roma, onde a Força Aérea registrou um pico de 39°C na quinta-feira, as autoridades locais instalaram palmeiras em vasos nos pontos de ônibus para oferecer sombra aos transeuntes.

A capital italiana possui inúmeros parques e bebedouros gratuitos, mas muitas ruas e praças ficam completamente expostas ao sol escaldante. 

Nesta sexta-feira, inúmeros turistas, italianos e estrangeiros, refrescavam-se ao redor das fontes de pedra, bebendo água ou molhando a cabeça. 

"Como não estamos fazendo nada, não podemos reclamar. Acho que para aqueles que trabalham em canteiros de obras deve ser assustador", disse um turista suíço à AFP-TV.

"Voltamos ao hotel para evitar as horas mais quentes do dia", explicou Anna Verna, uma turista italiana de 34 anos. 

"Depois sairemos novamente. Roma é linda, então queremos aproveitá-la mesmo no calor", disse, sorrindo. 

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Utilizando uma câmara térmica, a ONG ambientalista Greenpeace descobriu que as temperaturas estavam bem acima dos 50°C ao nível do solo em alguns locais, especialmente no Coliseu.

Em 2023, Roma registrou uma temperatura recorde de 42,9°C em 18 de julho, segundo o município. 

"Um recorde que infelizmente corremos o risco de ultrapassar neste verão, embora estejamos apenas em junho", alertou Sabrina Alfonsi, conselheira de meio ambiente.

As mudanças climáticas causadas pela atividade humana aquecem o planeta a um ritmo alarmante, provocando ondas de calor intensas que se multiplicam, segundo a comunidade científica global.

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© Agence France-Presse

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