Jornalista russo-americana é condenada à prisão à revelia em Moscou

A jornalista russo-americana Masha Gessen, altamente crítica de Vladimir Putin, foi condenada, nesta segunda-feira (15), na Rússia, a oito anos de prisão à revelia por declarações falsas, segundo a acusação, sobre os militares russos.

"O tribunal determinou uma pena de prisão de oito anos", indicou o canal Telegram dos tribunais de Moscou.

A Rússia lançou uma repressão em grande escala contra os críticos do Kremlin, especialmente aqueles que denunciavam o ataque à Ucrânia.

Gessen, que escreveu para vários veículos de comunicação americanos e russos, e defende os direitos LGBTQIAPN+, era uma crítica proeminente do presidente russo há anos.

A Rússia havia iniciado ações judiciais contra a jornalista no final de 2023, acusando-a de ter feito declarações sobre o massacre de Bucha, na Ucrânia.

O Exército russo é acusado de matar centenas de civis nesta cidade perto de Kiev durante a sua retirada da região na primavera de 2022.

Moscou rejeita firmemente estas acusações apesar dos inúmeros testemunhos que denunciam os militares russos.

Vários cidadãos russos foram condenados a penas de prisão por denunciar este massacre.

Em abril de 2024, Serguéi Mingazov, um jornalista da edição russa da Forbes, foi preso por publicações sobre o massacre. 

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© Agence France-Presse

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