Conteúdo publicado há 23 dias

Relato de assédio gera confusão em sala de cinema em SP; veja vídeo

O relato de assédio em uma das salas de cinema, no Shopping Center Norte, em São Paulo, gerou caos e confusão entre o público presente.

O que aconteceu

Episódio ocorreu durante sessão do filme "É Assim que Acaba", no último sábado (17). O vídeo que mostra parte do incidente foi divulgado por uma tiktoker —Adrielisl, que estava no local— e já soma mais de 360 mil visualizações.

Homem que teria assediado uma mulher fugiu após ser descoberto, segundo a internauta. Ao sair da sala de cinema, bateu a porta corta-fogo —equipamento de segurança que serve para prevenir e combater incêndios— com força e assustou os demais. As pessoas evacuaram o local porque acreditavam que estava pegando fogo, segundo a publicação.

Você só queria assistir 'É Assim que Acaba', mas um c*zão assediou uma garota na sessão, fugiu correndo e abriu a porta corta-fogo tão forte que acharam que a sala estava pegando fogo e todos evacuaram apavorados. Adrielisl, no post.

Vídeo divulgado nas redes sociais mostra cenas do filme no telão. E, em frente, muitas pessoas permaneciam em pé já próximas à porta de saída. Outros usuários confirmaram o episódio nos comentários. "Menina, eu estava [presente]. Saí com crise de pânico sem saber o que tinha acontecido."

A assessoria de imprensa do shopping disse ao UOL que recebeu a informação sobre um caso de assédio. "Assim que tomou conhecimento, acionou prontamente a equipe de segurança, tomando as atitudes cabíveis de apoio aos envolvidos. A empresa reitera que zela pela segurança de todos os frequentadores, repudia qualquer tipo de desrespeito aos clientes e está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento."

A reportagem também tentou contato com a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, que afirmou não ter encontrado registros da ocorrência junto à Polícia Civil. O UOL também enviou mensagem para a rede Cinemark e aguarda retorno.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

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Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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