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Anistia denuncia 'tortura generalizada' de palestinos de Gaza por Israel

Israel deve parar de prender "secretamente" palestinos de Gaza e de submetê-los à "tortura generalizada" em suas prisões, instou a Anistia Internacional nesta quinta-feira (18), acusando o país em guerra com o Hamas de violar a lei para atacar civis.

"As autoridades israelenses devem acabar com a prática de prender pessoas em segredo, sem limites, sem acusação ou julgamento, dos palestinos na Faixa de Gaza", segundo a Anistia.

Essa prática foi "imposta em nome da lei (israelense) sobre a prisão de combatentes ilegais", o que representa uma "violação flagrante do direito internacional", acrescentou.

Esta lei, denuncia a ONG de direitos humanos, torna mais fácil ao Exército israelense prender por períodos indefinidos e renováveis qualquer pessoa de Gaza suspeita de ter participado das hostilidades ou de representar uma ameaça, sem provas.

"Permite a tortura generalizada e, em alguns casos, institucionaliza os desaparecimentos forçados", afirmou a secretária-geral da Anistia, Agnès Callamard. A lei, acrescenta, é usada "para prender arbitrariamente civis palestinos em Gaza".

Questionado na segunda-feira pela AFP sobre acusações semelhantes do ministro palestino encarregado dos prisioneiros, o Exército israelense "rejeitou categoricamente as acusações de maus-tratos sistemáticos aos presos" desde o início da guerra.

A guerra eclodiu em 7 de outubro após um ataque surpresa do movimento islamista palestino Hamas, que levou à morte de 1.195 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo cálculos da AFP baseados em dados oficiais israelenses.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 116 seguem em cativeiro em Gaza, entre elas, 42 foram declaradas mortas pelo Exército israelense.

A campanha de retaliação militar israelense na Faixa de Gaza causou mais de 38.800 mortes, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas.

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