EUA quer que força internacional no Haiti se transforme em missão de paz da ONU

Os Estados Unidos querem que a ONU estude a possibilidade de transformar a força de segurança multinacional atualmente em operação no Haiti em uma missão de manutenção de paz da organização, segundo um rascunho ao qual a AFP teve acesso.

Em outubro de 2023, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio da chamada Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS), liderada por policiais do Quênia, para ajudar as autoridades haitianas diante da violência dos grupos criminosos armados.

Embora o mandato da MMAS expire em 2 de outubro, os americanos, responsáveis por este assunto no Conselho, circularam nesta sexta-feira (6) um primeiro rascunho do texto, indicaram várias fontes diplomáticas à AFP.

O esboço prevê a prorrogação por um ano do mandato da missão, até 2 de outubro de 2025 e solicita à ONU que "comece a planejar uma transição da MMAS para uma operação de manutenção de paz, com o objetivo de consolidar os avanços".

A proposta pode não ter aprovação unânime e promete gerar intensas negociações até a sua votação, prevista para 30 de setembro.

Cerca de 400 policiais quenianos de um total de 2.500 previstos a longo prazo (vindos do Quênia e de vários outros países) chegaram ao Haiti até agora, mas o financiamento voluntário dos membros da ONU para garantir a missão está longe de ser suficiente.

Os moradores de Porto Príncipe estão perdendo a paciência diante da falta de resultados concretos em suas vidas, assoladas pela interminável violência das gangues criminosas, que controlam grande parte da capital e de territórios fora dela.

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© Agence France-Presse

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