Wall Street fecha em alta apesar de dados ruins sobre emprego nos EUA

A bolsa de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (1º) e ignorou o relatório de emprego, com dados impactados por furacões e greves.

Em um mercado que manteve a confiança na economia, o índice Dow Jones subiu 0,69%, o tecnológico Nasdaq 0,80% e o índice ampliado S&P 500 0,41%.

A criação de empregos caiu drasticamente em outubro nos Estados Unidos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento de Trabalho.

A maior economia do mundo adicionou apenas 12 mil novos postos de trabalho no mês passado, abaixo das expectativas e dos 223 mil empregos em setembro, segundo o dado revisado. A estabilidade da taxa de desemprego é, no entanto, um sinal positivo.

O número de novos contratos foi muito inferior ao previsto, já que os analistas esperavam 110 mil, segundo o consenso da Market Watch.

A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,1%.

"Os furacões e a greve da Boeing certamente influenciaram esses dados", explicaram os economistas da High Frequency Economics.

As pessoas em greve e aquelas que foram colocadas em desemprego técnico temporário por suas empresas são contabilizadas como desempregadas nos Estados Unidos. Isso adiciona 33 mil trabalhadores da Boeing ao total.

"O salário médio subiu mais do que o esperado, e a taxa de desemprego não se alterou", destacou Steve Sosnick, da Interactive Brokers. "Isso me faz pensar que o mercado de trabalho está bem".

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Wall Street limitou seu avanço porque os operadores "não queriam se posicionar demais antes do fim de semana", apontou Sosnick.

"O mercado não parece se inclinar muito para [um resultado] da eleição" presidencial nos Estados Unidos "e parece acreditar que o status quo" dominará a praça, acrescentou.

Entre os valores que ajudaram a manter a Bolsa de Nova York em alta, destaca-se a Amazon (+6,19%), que na quinta-feira, após o fechamento, divulgou resultados superiores aos esperados.

A Boeing subiu 3,54% após o anúncio de um acordo entre a direção da empresa e o sindicato IAM, em greve desde meados de setembro. O entendimento sobre um novo acordo trabalhista ainda precisa ser ratificado em votação pelos membros da organização sindical na segunda-feira.

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© Agence France-Presse

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