Conteúdo publicado há 26 dias

Israelenses se manifestam contra governo e pela volta de reféns

Centenas de israelenses se manifestaram neste sábado (2) em Tel Aviv contra o governo, acusando-o de ser incapaz de alcançar um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza e de conseguir a libertação dos reféns mantidos em cativeiro no território palestino há mais de um ano.

Os manifestantes, com fotos dos reféns e bandeiras nas mãos, pediam "um acordo agora" e "parar a guerra".

"Não os abandonaremos", garantiam, como fazem todas as semanas desde que a guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, na chamada "Praça dos Reféns" na capital econômica de Israel.

"Houve inúmeras oportunidades para pôr fim a essa crise, e cada uma delas foi sabotada pelo governo" do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou à AFP Zahiro Shahar Mor, de 52 anos, cujo tio, Avraham Munder, morreu em cativeiro em Gaza.

Os manifestantes exigem uma trégua negociada com o Hamas, no momento em que Israel afirma ter alcançado a maioria de seus objetivos militares, como a eliminação no mês passado do líder do movimento islamista palestino, Yahya Sinwar.

Para o governo, autoridades americanas e especialistas, Sinwar, considerado o principal articulador do ataque letal de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que desencadeou a guerra, era o maior obstáculo para um acordo de trégua.

Ifalt Kaledron, prima do refém franco-israelense Ofer Kalderon, acusa Netanyahu de "sabotar" todos os esforços de cessar-fogo.

"Toda vez que se tenta um acordo sobre os reféns, ele o sabota. Antes, culpava Sinwar, e agora que ele não está mais, sempre encontra outro motivo", afirmou à AFP a estilista de 50 anos, uma figura destacada do movimento antigovernamental.

A guerra na Faixa de Gaza foi deflagrada em 7 de outubro, quando militantes islamistas mataram 1.206 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, e sequestraram 251, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses.

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Dos 251 sequestrados, uma centena ainda está em cativeiro no território palestino, mas 34 foram declarados mortos pelo exército.

A campanha militar israelense em resposta já deixou 43.314 mortos em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas, e considerados confiáveis pela ONU.

A três dias das eleições nos Estados Unidos, muitos manifestantes também esperam uma maior intervenção do aliado de Israel.

As negociações para uma trégua estão estagnadas desde o verão no hemisfério norte.

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