Petróleo se recupera e sobe após queda posterior a triunfo de Trump
As cotações do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (7) por uma recuperação técnica após a queda de quarta, posterior à eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
O preço do barril de tipo Brent para entrega em janeiro subiu 0,95% em Londres, para 75,63 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano com vencimento para dezembro, subiu 0,93%, a 72,36 dólares.
"O mercado se recupera" após uma queda na quarta-feira, explicou Stephen Schork, do Schork Group. "O dólar está tão fortalecido [na quarta] que isso pesou sobre os preços", acrescentou.
Na quarta-feira, os operadores reagiram à vitória de Trump nas eleições presidenciais de terça-feira, um triunfo considerado positivo para a divisa americana.
Como o petróleo é transacionado em dólares, um fortalecimento dessa divisa encarece o barril para investidores em outras moedas.
Para Schork, o mercado poderia continuar subindo, "mas uma recuperação técnica não pode se transformar em uma dinâmica" central. E "os fundamentos são muito ruins" para os preços atualmente, com uma oferta abundante e uma demanda chinesa sem vigor, lembrou o analista.
Embora Trump seja visto como favorável à indústria petrolífera por seu favoritismo em relação aos hidrocarbonetos, os operadores se perguntam qual será o impacto de sua eleição no mercado.
"As empresas são privadas e sua lealdade é com os acionistas, que querem garantir o maior retorno sobre seus investimentos", destacou Stephen Schork. E isso as levou a limitar voluntariamente sua produção para evitar que os preços caiam.
Ao mesmo tempo, durante o mandato de Trump, "o embargo sobre as vendas de petróleo" iraniano "será aplicado com maior rigor", e isso poderia privar o mercado de barris de petróleo e sustentar os preços, acrescentou o analista.
"É um pouco prematuro dizer qual será a evolução dos preços" durante o mandato de Trump, opinou Daniel Zachary, professor de política energética da Universidade Johns Hopkins.
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© Agence France-Presse
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