Biden afirma que 'ninguém' pode reverter 'revolução da energia limpa' nos EUA
O presidente Joe Biden afirmou neste domingo (17), durante uma visita histórica à Amazônia, que "ninguém" pode reverter a "revolução da energia limpa" nos Estados Unidos, enviando uma mensagem ao seu sucessor, o republicano Donald Trump, defensor da exploração de hidrocarbonetos.
"Alguns podem tentar negar ou atrasar a revolução da energia limpa que está em andamento nos Estados Unidos. Mas ninguém, ninguém pode revertê-la", disse o governante democrata em uma declaração à imprensa feita no meio da floresta, nos arredores de Manaus, no norte do Brasil.
"Não quando tantas pessoas, independentemente do partido ou da política, estão se beneficiando dela. Não quando países ao redor do mundo estão aproveitando a revolução da energia limpa para avançar", acrescentou.
Durante a primeira visita de um presidente americano em exercício à Amazônia, Biden garantiu que deixará para Trump, seu principal rival político, e para o país, "uma base sólida sobre a qual construir, se assim decidirem".
"Amigos, não precisamos escolher entre meio ambiente e economia. Podemos fazer as duas coisas. Nós já provamos isso em casa", afirmou.
Durante sua campanha para as recentes eleições, o ex-presidente republicano (2017-2021) prometeu "perfurar, perfurar, perfurar" e aumentar a extração de combustíveis fósseis.
Biden, de 81 anos, desembarcou no início da tarde em Manaus, maior cidade brasileira na Amazônia, uma das regiões mais vulneráveis à degradação ambiental e às mudanças climáticas, das quais Trump é cético.
A maior floresta tropical do planeta é considerada crucial na luta contra o aquecimento global devido à sua capacidade de absorver gás CO2.
"A floresta amazônica foi construída ao longo de 50 milhões de anos... 50 milhões de anos. A história literalmente nos observa agora. Então, vamos preservar este lugar sagrado para o nosso tempo e para sempre, em benefício de toda a humanidade", pediu o democrata.
Biden chegou a Manaus como parte de um giro pela América do Sul, que provavelmente será a última grande viagem internacional de seu mandato, que terminará em janeiro com o retorno de Trump à Casa Branca.
O presidente americano participará da cúpula do G20 no Rio de Janeiro entre segunda e terça-feira.
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© Agence France-Presse
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