Ex-ministro equatoriano refugiado no México é solto após ser detido
O ex-ministro equatoriano Walter Solís recuperou sua liberdade nesta quarta-feira (20), após ser detido no México apesar de sua condição de refugiado, informou a chancelaria mexicana ao assegurar que vai garantir sua proteção.
O político, que foi ministro de Transportes e Obras Públicas, foi preso por agentes da Interpol no contexto de um processo por suposta corrupção que tramita na Justiça do Equador, informou à imprensa equatoriana seu advogado, Jorge Luis Ortega.
Solís "mantém sua liberdade e mantém o status de refugiado (...), que lhe outorga o direito a receber proteção e a permanecer como residente no nosso país", informou a chancelaria mexicana em um comunicado divulgado à noite.
A pasta atuou junto à Procuradoria Geral, que se encarregou do caso do ex-ministro, que a todo momento foi acompanhado por assessores jurídicos da Chancelaria, acrescentou a nota.
Segundo a imprensa equatoriana, um juiz solicitou em 11 de novembro a autoridades do México a prisão de Solís. A data da execução da medida não foi divulgada.
Solís, que foi ministro do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), é acusado em diferentes casos de corrupção pela Justiça do Equador, país com o qual o México rompeu relações há oito meses.
Em abril passado, Solís foi associado ao chamado caso "Reconstrução de Manabí", no qual se investiga o possível desvio de US$ 367 milhões destinados a atender a emergência por um terremoto em 2016, além de supostas irregularidades na atribuição de contratos públicos.
Ele também foi sentenciado a oito anos de prisão pelo caso "Subornos", que investigou um esquema de corrupção no qual funcionários públicos receberam propinas em troca da concessão de contratos.
Correa, que mora na Bélgica, e seu ex-vice-presidente Jorge Blas, que está preso, também foram condenados no mesmo processo.
Solís alega em sua defesa que as acusações têm motivações políticas.
O México rompeu relações com o Equador depois que um comando policial invadiu sua embaixada em Quito para prender Glas, que estava asilado no local.
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© Agence France-Presse
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