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Empresa de delivery contrata todos os entregadores após multa trabalhista pesada

Entregador da Glovo é visto pelas ruas de Madri, na Espanha Imagem: REUTERS/Susana Vera

02/12/2024 06h10

A plataforma de entrega a domicílio Glovo anunciou, nesta segunda-feira (2), que seus entregadores passarão a ser assalariados na Espanha, onde a empresa foi multada por não cumprir a legislação trabalhista ao usar trabalhadores independentes sem contrato para fazer suas entregas.

Somente em 2023, a empresa foi multada em 53 milhões de euros (equivalente a R$ 335 milhões) por "exploração de trabalhadores ilegais". Segundo a rádio SER, a empresa acumulou mais de 200 milhões de euros no país desde a sua fundação, em 2014.

"A direção da Glovo decidiu mudar de um modelo 'freelancer' para um modelo baseado no emprego para seus entregadores na Espanha, para evitar mais incertezas legais", explicou a empresa que foi adquirida pela alemã Delivery Hero.

"A mudança de modelo operacional" estará "limitada ao negócio da Glovo na Espanha", um passo que terá um impacto de "100 milhões de euros (635 milhões de reais)" sobre as receitas brutas de exploração da empresa "para o ano fiscal 2025", apontou o texto.

A plataforma espanhola, comprada em julho de 2022 por Delivery Hero, enfrentava há anos as autoridades espanholas, que a acusavam de não respeitar a legislação trabalhista no país.

O governo do socialista Pedro Sánchez aprovou uma lei em 2021 que concede a condição de empregados aos entregadores das plataformas como a Glovo, Uber Eats e Deliveroo.

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