União Europeia acusa Rússia de usar gás como arma contra Moldávia
A titular da diplomacia europeia, Kaja Kallas, acusou, nesta terça-feira (7), a Rússia "de utilizar o gás como arma" em uma "guerra híbrida" contra a Moldávia, cujo território separatista pró-russo da Transnístria deixou de receber gás em janeiro.
"A Rússia continua utilizando o gás como arma e a Moldávia é novamente o alvo de sua guerra híbrida" denunciou a dirigente europeia no X.
Kallas conversou com o primeiro-ministro de Moldávia, Dorin Recean, para reafirmar a solidariedade inabalável" da UE ao país, indicou.
"Graças ao apoio da UE, a Moldávia se mantém resiliente e bem conectada às redes energéticas europeias", afirmou Kallas.
A tensão cresceu entre Rússia e Moldávia, cuja região separatista de Transnístria teme ficar sem eletricidade após o fim do fornecimento de gás russo.
A gigante russa Gazprom anunciou em dezembro o corte do abastecimento à Moldávia em meio a uma disputa financeira com esta ex-república soviética com aspirações europeias.
A disputa sobre o montante da dívida com a Gazprom -- mais de US$ 700 milhões (R$ 4,25 bilhões) segundo a Rússia, mas de apenas US$ 9 milhões (R$ 54,6 milhões) segundo a Moldávia -- levou a empresa a fechar as torneiras desde 1º de janeiro.
O primeiro-ministro Recean denunciou recentemente que a Rússia quer "provocar instabilidade na região e, sobretudo, influenciar nos resultados das eleições parlamentares" da Moldávia, que acontecem no segundo semestre.
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© Agence France-Presse
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