Primeira-ministra da Itália descarta que Trump tome Groenlândia e Canal do Panamá à força
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, descartou nesta quinta-feira (9) a possibilidade de os Estados Unidos tomarem a Groenlândia ou o Canal do Panamá à força, e disse que os comentários de Donald Trump a esse respeito tinham como alvo a China.
A líder da extrema direita, que visitou o presidente eleito dos EUA em sua casa na Flórida no último fim de semana, também disse que não espera que Trump "abandone" a Ucrânia.
"Sinto que posso descartar que os Estados Unidos tentarão, nos próximos anos, anexar à força territórios que são de seu interesse", disse Meloni a repórteres durante sua coletiva de imprensa anual.
De acordo com ela, as declarações de Trump constituíram "mais uma mensagem [direcionada] a (...) outros grandes atores mundiais".
Meloni destacou que o Canal do Panamá é uma rota crucial para os negócios internacionais e que a Groenlândia também é um território rico em matérias-primas estratégicas.
"Em ambos os territórios, temos testemunhado um crescente papel chinês nos últimos anos", disse ele.
Na terça-feira, Trump se recusou a descartar uma intervenção militar no Canal do Panamá e na Groenlândia, dois territórios que ele disse querer que os EUA controlem.
O republicano disse que o controle da Groenlândia é uma "necessidade absoluta" para a "segurança nacional e a liberdade" no mundo.
A Groenlândia, uma ilha do Ártico rica em minerais e petróleo, é um território autônomo da Dinamarca.
Meloni, uma firme defensora da Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, também observou que não acredita que Washington deixará de fornecer ajuda a Kiev.
"Francamente, não prevejo uma retirada" da ajuda, disse ela, acrescentando que Trump "disse exatamente isso, porque queremos a paz, não abandonaremos a Ucrânia".
A primeira-ministra não confirmou se compareceria à posse de Trump em 20 de janeiro. Ela disse que é provável que vá, mas ainda não decidiu.
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© Agence France-Presse
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