Moscou afirma que tomou 800 km2 do Exército ucraniano na região russa de Kursk

Uma fonte de alto escalão do Estado-Maior do Exército da Rússia afirmou que suas tropas tomaram "mais de 800 quilômetros quadrados" na região de Kursk, parcialmente controlada pelas tropas ucranianas desde a ofensiva iniciada em agosto do ano passado.

"Mais de 800 quilômetros quadrados foram libertados, o que representa 64% do território inicialmente ocupado pelo adversário (1.268 km2)", afirmou o número dois do Estado-Maior russo, o general Serguei Rudskoi, em entrevista ao jornal militar russo Krasnaya Zvezda. 

Esta é a primeira vez que o Exército russo menciona publicamente números exatos dos territórios ocupados pela Ucrânia na região de Kursk e que admite que mais de 400 km2 continuam controlados por Kiev.

A Ucrânia afirma que controla 500 km2 na região de Kursk, um território considerado uma moeda de troca para eventuais negociações para acabar com o conflito.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na quarta-feira que suas forças entraram durante a noite na Ucrânia, uma ofensiva iniciada a partir da região russa de Kursk, segundo a imprensa estatal. A Ucrânia afirmou que a declaração era 'mentira'. 

"A iniciativa na região de Kursk está completamente do nosso lado. Há uma ofensiva em curso das forças russas em todas as direções", disse o general Rudskoi.

Segundo ele, nas regiões ucranianas de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, a Rússia controla "quase 75% do território", enquanto na região ucraniana de Lugansk, Kiev controla "menos de 1%".

Moscou anunciou a anexação das quatro regiões ucranianas em 30 de setembro de 2022, apesar de não controlar 100% das áreas.

No total, em 2024, as forças russas assumiram o controle de "quase 4.500 quilômetros quadrados" nos territórios ucranianos e de "mais de 600 quilômetros quadrados" desde o início de 2025, afirmou o general Rudskoi.

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A Rússia iniciou a ofensiva contra a Ucrânia há quase três anos, em 24 de fevereiro de 2022.

O Exército russo geralmente não publica dados exatos dos territórios que controla na Ucrânia.

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© Agence France-Presse

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