Alberto Goldman e José Aníbal questionam no MPE candidatura de João Doria
O ex-governador e vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, entraram hoje (29) com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a candidatura de João Doria à prefeitura de São Paulo pelo partido, segundo as assessorias de ambos.
O PSDB decidiu no dia 20 de março quem seria o candidato à prefeitura da cidade nas próximas eleições municipais. O pré-candidato João Doria foi o único nome que participou da disputa, já que Andrea Matarazzo, classificado no primeiro turno para a votação, desfiliou-se do partido no dia 18 de março.
De acordo com Matarazzo, houve compra de votos "sem cerimônia", e há gravações para comprová-la, transporte de eleitores, constrangimento de pessoas, seguranças dentro dos locais de votação e uso da máquina pública. "Tudo isso me faz acreditar que o PSDB não é mais o partido que ajudei a construir. O que está sendo feito agora não é a política do meu PSDB, um partido sério e correto", escreveu Matarazzo ao anunciar a desfiliação, referindo-se à campanha do seu concorrente nas prévias.
Na ocasião, o diretório municipal do PSDB informou que, após o anúncio de Matarazzo, ainda não havia decidido como seria escolhido seu candidato à prefeitura, nem como seria feito o processo eleitoral. Segundo Evandro Losacco, vice-presidente estadual do PSDB, não há nenhum fato concreto contra João Doria. Há uma representação contra a candidatura dele, nas instâncias partidárias do PSDB, mas sua tramitação ainda não foi concluída. "Então, não faz sentido entrar com representação no Ministério Público Eleitoral", avaliou. Para Losacco, o intuito da representação no MPE é "desgastar o candidato com maior número de votos [nas prévias]".
O deputado federal Ricardo Tripoli, terceiro colocado no primeiro turno das prévias, demonstrou desinteresse em participar da segunda fase da disputa, segundo a executiva municipal do PSDB. Dessa forma, os filiados ao partido em São Paulo tiveram apenas três opções de voto: João Doria, branco ou nulo.
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