Estudantes protestam em São Paulo contra corrupção na merenda
Estudantes de São Paulo fizeram hoje (29) mais um protesto contra o fechamento de salas de aula e as denúncias de corrupção nos contratos da merenda escolar no estado. Os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, região central da capital, e seguiram em passeata pela Avenida Brigadeiro Luiz Antonio até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
O ato prosseguiu dentro do prédio da assembleia, onde tramita uma proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o caso. O presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), é suspeito de envolvimento nas fraudes nos contratos para alimentação dos alunos.
Ele chegou a ter os sigilos fiscal e bancário quebrados por determinação judicial. Hoje, a Polícia Civil cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão contra acusados de envolvimento no esquema.
Governador
Segundo as investigações, o esquema, que envolvia o pagamento de propina a agentes públicos, era liderado pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que mantinha contratos para fornecimento de alimentos com diversas prefeituras.
Os jovens também acusam o governo estadual de dar prosseguimento a chamada reorganização escolar. O processo, que previa o fechamento de mais de 90 escolas, foi suspenso no ano passado, após uma série de protestos e ocupação de diversas escolas em todo o estado.
"O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin], não sei se é ignorante ou se acha muito esperto para fazer algo e achar que não iremos perceber. Ele fechou mais de 1,3 mil salas, escolas e turnos. Estamos aqui principalmente por isso", afirmou a estudante Luana Nardi, de 16 anos.
"Voltaram as aulas com mais de mil salas fechadas, isso não apareceu muito na mídia. Além disso, estourou o escândalo de corrupção da merenda, que tem o Fernando Capez e o governo Alckmin sendo investigado sobre desvios de verbas da merenda", acrescentou Cauê Borges, 17 anos.
Além das denúncias envolvendo a alimentação escolar e o fechamento de salas de aula, os jovens também reclamam da criação de grêmios oficiais nas escolas. Segundo eles, essa seria uma forma de controlar o movimento estudantil. "Eles perceberam que gente tem muita força política e é melhor eles tentarem trazer essa política para perto deles", acrescentou Cauê.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.