Ministro diz que Palmira abre a porta a outras conquistas
A conquista da cidade histórica de Palmira pelo exército sírio abre a porta para a conquista das províncias de Dayr az-Zawr e Ar Raqqah, redutos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), afirmou o ministro sírio da Informação, Omran al Zubi. "O triunfo de Palmira, conseguido pelo exército árabe da Síria e pelos grupos de defesa popular, tem um grande significado militar e político", afirmou Zubi em entrevista à cadeia de televisão do Irã, Al Alam, citada pela agência EFE a partir da publicação hoje (30) pela agência síria de notícias Sana.
"Ninguém pode pedir ao exército sírio que detenha a sua luta contra a organização terrorista Estado Islâmico", acrescentou o governante, que desvinculou a batalha contra o grupo do cessar-fogo atualmente em vigor na Síria. O ministro defendeu que as forças armadas sírias não violaram o acordo de cessar-fogo em nenhum ponto do território sírio, porque "há grupos terroristas armados que não se comprometeram com o pacto e continuam atacando posições do exército".
Al Zubi colocou ainda em causa a seriedade da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI, uma vez que, na sua perspectiva, as suas operações foram contraproducentes. Como exemplo, o ministro sírio afirmou que as forças da coligação tomaram como alvo, "supostamente por erro", instalações nacionais como uma usina de gás em Dayr az-Zawr que vale milhões de dólares, em vez de bombardear posições do Estado Islâmico bem definidas.
Washington deve se coordenar com o governo sírio na luta contra o Estado Islâmico, afirmou Omran al Zubi. As forças armadas sírias retomaram domingo o controle da cidade histórica de Palmira, cujas ruínas greco-romanas são patrimônio mundial da Unesco.
Mas Palmira é importante não apenas pelos seus vestígios históricos. A sua localização é um ponto-chave na ligação a Dayr az-Zawr e à fronteira com o Iraque. Após a tomada de Palmira, o governador de Hims, Talal al Barazi, afirmou à agência espanhola de notícias EFE que as forças armadas sírias não tinham planos iminentes para o lançamento de ofensivas a outras regiões, como Ar Raqqah e Dayr az-Zawr, porque tinham primeiro que consolidar a tomada da cidade histórica.
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