Exposição Artesãos da Folia traz nova abordagem do carnaval
Uma nova abordagem sobre o carnaval é o objetivo da exposição Artesãos da Folia, instalada no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), centro do Rio de Janeiro. A mostra gratuita ficará aberta até o dia 23 de fevereiro de 2017, às vésperas do carnaval, que começa dois dias depois. Ela pode ser visitada de terça-feira a domingo. A exceção são os fins de semana do Natal e do Ano Novo. A curadora da exposição, Rita Fernandes, disse hoje (24) à Agência Brasil que a ideia era trazer algo diferente das exposições que vêm sendo feitas tradicionalmente sobre o carnaval, com uso de fotos e traçando a linha de tempo. Surgiu então a decisão de mostrar o lado mais artesanal, o bastidor do carnaval, "quem está por trás". O Artesãos da Folia é uma parceria do CRAB com a Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana). Dividida em quatro ambientes, a exposição começa mostrando os artesãos da palavra. "São as frases engraçadas que o folião solitário escreve, são as frases dos carros de som que os blocos colocam como, por exemplo, "É dando que se engravida". Além das frases inventadas pelos foliões, Rita lembrou também das frases escritas nos estandartes dos blocos, para reforçar a brincadeira no carnaval. A segunda sala se destina aos artesãos da fantasia. "No carnaval, acontece que cada um de nós acaba virando um pouco costureira, aderecista. O carnaval de rua tem esse lado que permite a gente fazer qualquer coisa. A fantasia não precisa ficar linda ou perfeita, ela não tem que cumprir uma função como na escola de samba, que vai ser pontuada. Ela vem cumprir função bem diferente, que é a da alegria, de fazer uma brincadeira". O espaço multicolorido exibe em mandalas tipos variados de fantasias, com referências de padronagens de tecidos, aviamentos, acessórios, lantejoulas. No espaço três, os protagonistas são os artesãos da melodia. O público tem a oportunidade de conhecer ali o lado artesanal e criativo da música carnavalesca, com a exibição de instrumentos feitos de latas, tampinhas de cerveja e outros itens de sucata. A experiência pessoal do mestre de bateria do Sebastiana, quando era criança no morro, serviu de ponto de partida para que o projeto criasse vida. "Ficou fantástico", disse Rita, que comemora o sucesso da mostra. "A exposição está sempre cheia. A gente tem tido um bom retorno do CRAB". A sala número quatro reproduz as grandes oficinas e ateliês de costura e adereços do carnaval. "Você tem um pedaço da costura da fantasia, da customização da camiseta, um pedaço da confecção de bonecos que alguns blocos usam, a parte do estandarte. A gente reproduz como se fosse um grande ateliê". A ideia, salientou Rita Fernandes, era trazer um outro lado do carnaval, mais artesanal, artístico, daquilo que move o folião, o organizador do bloco, na direção de fazer o brilho do carnaval.
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