Oposição tenta impedir votação da reforma trabalhista; plenário rejeita pedidos
Deputados de partidos de oposição ao governo tentam adiar a votação em plenário do projeto de lei (6787/16), que trata da reforma trabalhista. Logo no início da tarde, quando o plenário da Câmara deu início à discussão da proposta, parlamentares do PcdoB e do PT apresentaram requerimento de retirada do projeto da pauta, mas os pedidos foram rejeitados. O PT apresentou ainda outro requerimento para que a retirada de pauta fosse votada nominalmente, mas o pedido também foi rejeitado. Foi rejeitada ainda questão de ordem para que fossem consideradas as medidas provisórias que trancam a pauta antes da votação do PL. Parlamentares da base aliada do governo defendem a proposta como uma forma de modernizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e um estímulo para geração de empregos. Já para a oposição, o projeto representa um retrocesso dos direitos trabalhistas. "Queremos adiar essa votação porque, no nosso entendimento, é irregular colocar este projeto em pauta ante que as medidas provisórias que sobrestam a pauta sejam aprecidas. Isso nos daria mais tempo para um debate mais lúcido, porque as mudanças são radicais", disse a líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA). Com discursos acalorados e segurando cartazes com frases contrárias ao mérito da proposta, os oposicionistas continuam protestando contra a reforma e tentam postergar a sessão. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ignorou os protestos e determinou o prosseguimento dos trabalhos. Relatório O relator da proposta, Rogério Marinho (PSDB-RN), começou a leitura de seu parecer em plenário por volta das 15h, sob protestos. Para garantir maior adesão dos parlamentares, Marinho passou a manhã fazendo os últimos ajustes em seu relatório. O texto consolidado do parecer com as alterações foi divulgado com a sessão já iniciada. Entre as mudanças, está a adaptação dos artigos que tratam do trabalho do jovem aprendiz e de mulheres grávidas e lactantes em locais insalubres. Apesar das estratégias de obstrução da oposição, integrantes da base governista estão confiantes de que o projeto será aprovado com folga. "Acho que vai ser um grande teste para mostrar justamente a força da base do governo e acabar com essa especulação da oposição de que o governo não tem voto. O governo demonstra força no painel e hoje vai fazer isso", afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Como se trata de um projeto de lei, para ser aprovada a reforma precisará do apoio de maioria simples dos deputados presentes no plenário. A expectativa é que o texto-base do relatório de Marinho seja aprovado hoje e os destaques apresentados pela oposição sejam rejeitados ou apreciados em outra sessão. A liderança do PCdoB anunciou que tentará anular o resultado da votação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, o partido protocolou no STF um mandado de segurança pedindo a suspensão da sessão de hoje.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.