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21 pessoas são detidas em atos contra reformas em São Paulo

Protesto acaba em confronto em frente à casa do presidente Temer, na zona oeste de SP - Aiuri Rebello/UOL
Protesto acaba em confronto em frente à casa do presidente Temer, na zona oeste de SP Imagem: Aiuri Rebello/UOL

Marli Moreira

Da Agência Brasil

28/04/2017 20h21Atualizada em 28/04/2017 22h28

As manifestações em vários pontos do país contra as reformas trabalhista e da Previdência prosseguem na noite desta sexta-feira (28) na cidade de São Paulo e estão concentradas em dois pontos, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da cidade, e Marginal Pinheiros, com interdição da pista expressa, no sentido Interlagos, na zona sul.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, até o final da tarde de hoje, foram detidas 36 pessoas em todo o Estado, sendo 21 na capital, em ações durante os protestos, por motivos diversos. Destas, seis foram levadas por policiais militares ao 65º Distrito Policial (DP). Com elas, a polícia apreendeu um galão de combustível aberto, tochas e isqueiros.

Em nota, a secretaria informou que o grupo também portava pregos retorcidos, conhecidos como "miguelitos", usados para furar pneus de carros e viaturas. Parte dos suspeitos atirou rojões contra os policiais. Três pessoas foram presas em flagrante por explosão, incêndio e incitação ao crime e três, que foram ouvidos como testemunhas, serão liberados, de acordo com a secretaria.

Mais quatro homens foram detidos em flagrante, no fim da madrugada, por terem bloqueado um trecho da Rodovia Anhanguera e por tentarem fazer um bloqueio na Avenida Jornalista Paulo Zingg, região de São Domingos. Nessas ações, conforme a secretaria, os manifestantes usaram artefatos para furar pneus dos veículos e atearam fogo a outros pneus que foram usados para interditar vias públicas. Todos foram conduzidos ao 33º DP e autuados e vão responder por associação criminosa e atentado contra a segurança de meio de transporte. Eles foram liberados mediante pagamento de fiança.

Seis detidos levados para o 92º DP estavam tentando colocar fogo em um ônibus. Segundo a secretaria, como a ação não foi concluída - tendo sido colocado fogo apenas em uma caçamba de lixo - foi registrado um boletim de ocorrência de natureza "não criminal", e os manifestantes foram ouvidos e liberados.

Cinco dos 36 levados para distritos policiais foram detidos em Osasco, a oeste da Grande São Paulo. Eles murcharam o pneu de um ônibus e também foram liberados, após um deles, apontado como o autor da ação, assinar termo circunstanciado de atentado contra a segurança de outro meio de transporte.